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Saúde

Todas as fórmulas para crianças com alergia ao leite de vaca passam a ser comparticipadas

Medida entrou em vigor no início de novembro. Alergia em causa é mais frequente em crianças até aos cinco anos.

Medida entrou em vigor no dia 1 de novembro e abrange prescrições do SNS e do privado

Todas as fórmulas substitutas do leite para os bebés e crianças com alergia às proteínas do leite de vaca (APLV) passam a ser comparticipadas, o que beneficia 95% dos que têm este problema. A medida entrou em vigor no dia 1 de novembro.

Até agora, apenas as fórmulas elementares, para as crianças com APLV severa, eram comparticipadas na sequência de uma portaria de 2019, cuja alteração vai permitir alargar o apoio do Estado às fórmulas extensamente hidrolisadas.

“As fórmulas elementares passam a ser comparticipadas a 90% do valor e as fórmulas extensamente hidrolisadas terão 70% de comparticipação”, indicou em comunicado a ANID – Associação Nacional da Indústria de Alimentação Infantil e Nutrição Entérica e Parentérica.

Trata-se de uma medida “mais justa”, considerou a médica imunoalergologista Sofia Luz, assinalando que o apoio “abrange a partir de agora todas as crianças com alergias alimentares a leite em vez de contemplar apenas 5% dos bebés com APLV”.

A fundadora da plataforma @Senhora_Alergia explicou à agência Lusa, que as fórmulas extensamente hidrolisadas são utilizadas por “95% das crianças com APLV” e custam “2 a 3 vezes mais” do que uma lata de leite em pó para as crianças sem alergias alimentares.

“Estas fórmulas especiais eram, até à data, um peso monetário incrível para estas famílias”, acrescentou.

Sofia Luz disse que a plataforma que criou e a ANID lutaram desde maio de 2022 para “se conseguir a comparticipação das fórmulas extensamente hidrolisadas, ajudando todas as crianças com APLV”.

A APLV é a alergia alimentar “mais frequente” nas crianças até aos cinco anos, assinalando que, apesar de ter um “bom prognóstico”, já que ao longo da vida “80% das crianças alérgicas ao leite deixam de o ser, é muitíssimo grave quando se tem”, porque se corre “risco de morte”, explicou.

“Não há muitas doenças no mundo com um risco de morte em minutos”, como acontece com uma reação alérgica, “daí estas crianças serem portadoras de canetas de adrenalina”.

Estima-se que, em Portugal, 8% das crianças e 5% dos adultos sofram de alergias alimentares, condição que tem “vindo a aumentar cada vez mais” nos países desenvolvidos.

A prescrição das fórmulas deixa de estar limitada aos pediatras do SNS e passa a poder ser feita por especialistas em Imunoalergologia e médicos que trabalhem em hospitais privados.

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