A Ecoteca de Porto de Mós vai entrar em obras. Considerada uma porta de entrada no Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros, aquela infraestrutura vai receber um investimento de quase 500 mil euros.
O concurso para a realização dos trabalhos foi publicado na última segunda-feira em Diário da República. Com oito meses para a concretização, a empreitada está centrada na eficiência energética em edifícios da administração pública central e apresenta o valor de 462.750 euros, sem IVA.
Aquele espaço há muito que tem albergado atividades relacionadas com a vertente ambiental e de preservação.
Segundo Rui Pombo, diretor regional de Lisboa e Vale do Tejo do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), entidade proprietária e gestora do espaço, a obra integra um conjunto de intervenções em edifícios do Instituto no âmbito da eficiência energética, no valor global de cerca de seis milhões de euros, investimento financiado em 100% pelo Plano de Recuperação e Resiliência.
O concurso pretende “melhorar as condições do próprio edifício, das pessoas que lá trabalham naquilo que é a eficiência energética, a insonorização, a acústica, parte de eletricidade [e] conforto”, adianta.
Rui Pombo, citado pela agência Lusa, refere que os trabalhos devem arrancar no primeiro trimestre de 2025, ressalvando que neste “tipo de investimentos não é fácil a sua adjudicação por vezes”, por não existir “muita oferta no mercado disponível para o fazer”.
“Temos ficado com alguns concursos desertos, esperemos que este assim não aconteça. Houve uma revisão de preços em alta para que possa haver no mercado empresas que possam ter interesse na execução destes trabalhos”, adiantou o diretor regional. Na Ecoteca, localizada na vila de Porto de Mós, trabalham alguns técnicos da Direção Regional de Lisboa e Vale do Tejo do ICNF.
“É, também, um espaço multifuncional que nós queremos dinamizar e dar maior utilização”, referiu. A Ecoteca tem um pequeno auditório, “utilizado muitas vezes em educação ambiental vocacionado mais para o público escolar”, e uma área expositiva, declarou este responsável do ICNF.
“[É um espaço] onde as pessoas se podem dirigir, pedir algumas informações, solicitar alguns esclarecimentos, alguma orientação naquilo que pretendem ver no parque natural ou o que podem ver e, a partir daí, fazer uma visita um bocadinho mais capaz à área protegida”, afirmou o diretor regional, considerando que a Ecoteca “acaba por ser uma porta de entrada no parque natural e um centro de divulgação dos [seus] valores”.
