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Pombal aprova moção que exige audiência urgente com ministra da Saúde

Assembleia Municipal de Pombal calcula que cerca de 17.000 pombalenses se encontrem sem médicos de família atribuído.

Segundo a moção, o Hospital Distrital de Pombal apresenta "um Serviço de Urgência marcado por frequentes constrangimentos na sua utilização"

A Assembleia Municipal de Pombal anunciou terça-feira, dia 24 de dezembro, que aprovou uma moção pela valorização do hospital e exigiu uma audiência urgente com a ministra da Saúde e o conselho de administração da Unidade Local de Saúde da Região de Leiria.

“A Assembleia Municipal de Pombal aprovou uma moção em que manifesta a sua preocupação pelo estado da saúde no concelho, pelo que pede uma audiência urgente à ministra da Saúde e ao conselho de administração da Unidade Local de Saúde (ULS) da Região de Leiria”, lê-se no documento enviado à agência Lusa.

A moção “Pela valorização do Hospital de Pombal e reforço dos cuidados de saúde no concelho” destaca que as audiências são no sentido de serem tomadas “medidas corretivas adequadas para inverter a situação.”

A Assembleia Municipal de Pombal, distrito de Leiria, é constituída maioritariamente pelo Partido Social Democrata (PSD), grupo político que apresentou a moção por considerar que o concelho tem “vindo a registar uma enorme carência de profissionais de saúde em várias áreas de intervenção, comprometendo gravemente a prestação de cuidados de saúde à população”.

O documento estima que “cerca de 17.000 pombalenses se encontrem sem médicos de família atribuído” e saúda a “atuação municipal por, ao longo dos anos, ter sido mais do que um interlocutor ativo junto dos órgãos da tutela, mas o principal financiador de novas infraestruturas” no concelho assim como “a beneficiação e a construção de novas unidades de saúde”.

A moção realça ainda o apoio do município, “no valor superior a 200 mil euros, para apetrechar a Unidade de Internamento de Cuidados de Convalescença no Hospital Distrital de Pombal”.

Mas, continua, considera que a unidade hospitalar “tem sofrido uma progressiva desqualificação dos cuidados de saúde prestados, tanto no Serviço de Urgência, como de Internamento, por carência de profissionais e continuo desinvestimento”.

O documento aprovado faz também menção, entre outras situações, “à redução de 32 para 14 camas no serviço de Medicina; de cinco para três médicos especialistas em medicina interna; do fecho da Unidade de Internamento de Curta Duração, com seis camas, no Serviço de Urgência: e da redução do horário de funcionamento do serviço de imagiologia e de um laboratório”.

“Apesar das infraestruturas e da sua localização privilegiada, que conferem a este hospital [Distrital de Pombal] uma centralidade e uma capacidade de prestar mais e melhores cuidados de saúde à população, certo é que, na presente data, temos apenas um Serviço de Medicina Interna limitado, por incapacidade de alocar os recursos necessários”, aponta o documento.

E, continua o documento, “um Serviço de Urgência marcado por frequentes constrangimentos na sua utilização, decorrente da falta de profissionais de saúde, seja por tempos de espera prolongados ou pelo seu encerramento temporário, e, ainda, um serviço de fisioterapia reduzido, com duas fisioterapeutas e um fisiatra”.

No entender do plenário pombalense, o “crescente esvaziamento e deterioração da atividade assistencial” do hospital tem “provocado uma profunda preocupação e desconfiança da comunidade” e é “gerador de um sentimento de impotência e desmotivação por parte dos profissionais de saúde”.

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