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Saúde

Utentes de saúde de Alcobaça em protesto no final do mês por mais respostas hospitalares

A comissão queixa-se da “maioria dos utentes que necessita de urgência” ter de “viajar para o Hospital de Leiria”.

As queixas agudizaram-se desde setembro, altura em que, segundo a comissão, o hospital de Alcobaça “passou a estar quase a zero em termos de respostas hospitalares”

A comissão de utentes de saúde do concelho de Alcobaça vai concentrar-se, no dia 28, em protesto contra a falta de respostas no hospital local, que obriga os utentes a deslocarem-se ao Hospital de Leiria.

Numa carta enviada à administração do Centro Hospitalar de Leiria, onde se integra o Hospital Bernardino Lopes de Oliveira (HBLO), em Alcobaça, a comissão exige respostas concretas a “um conjunto de questões que apoquentam” a população do concelho, do distrito de Leiria.

As queixas agudizaram-se desde setembro, altura em que, segundo a comissão, o HABLO “passou a estar quase a zero em termos de respostas hospitalares”.

Na carta, a que a agência Lusa teve acesso, é referido que “a maioria dos utentes que necessita de urgência tem de viajar para o Hospital de Leiria”, já que “a partir das 16h30 deixa de ser possível realizar análises e muitas vezes não se pode fazer raio-X”.

A comissão denuncia ainda que “ninguém é internado nas dez camas do rés-do-chão, nem nas do bloco ou da medicina interna”, onde “só têm alguns casos sociais”.

As criticas estendem-se à existência de “muitas reclamações no atendimento dos médicos contratados”, defendendo a comissão que os médicos “deviam ser contratados a tempo inteiro, sendo insustentável uma coexistência laboral com médicos efetivos que recebem um terço do salário dos que são contratados por empresas”.

Na missiva, a comissão aponta ainda “o abandono do médico internista há poucos meses” como uma situação que “gerou uma grande incompreensão na população”.

Além disso, acrescenta, há queixas dos utentes e dos familiares e amigos que vão às visitas aos quilómetros, portagens e estacionamento pago em Leiria, “quando a deslocação não é até Coimbra”.

A comissão, nomeada em 6 de outubro, reconhece, no entanto, que o processo de passagem da responsabilidade do HABLO do Centro Hospitalar do Oeste para o Centro Hospitalar de Leiria trouxe vantagens a esta unidade.

“A satisfação foi evidente durante estes anos, até ao outono de 2024”, afirmam, aludindo a “investimentos fundamentais na requalificação generalizada” do hospital, ao nível das redes de gás e de água, dos recursos humanos e de serviços como o raio-X, análises, morgue, urgências, bloco operatório, medicina interna e unidade de cuidados paliativos.

Ainda assim, a comissão marcou para o dia 28 uma concentração junto ao HABLO para exigir “ respostas de qualidade” e serviços “a funcionar todos os dias”, quer no hospital, quer nos centros de saúde.

Contactado pela Lusa o conselho de administração da ULS da Região de Leiria informou que o Serviço de Urgência Básica do HABLO “ funciona 24 horas por dia” e que a disponibilidade de meios complementares de diagnóstico e terapêutica nas unidades laboratoriais de Pombal e Alcobaça tem “uma resposta 24 horas de disponibilidade de acordo com o legislado, através de equipamento de química seca com PCR, pH e gasometria, troponina”.

“Entre as 8h30 e as 16h30, este serviço é acrescido de hemograma, coagulação INR, sumária de urina, com a presença física de uma Técnica Superior de Análises”, acrescentou o conselho de administração, em resposta às criticas da comissão.

Quanto ao raio-x, está disponível diariamente entre as 8 horas e a meia-noite, é ainda indicado na resposta à Lusa.

O conselho de administração da ULS RL adiantou também que na última reunião, na semana passada, deliberou a reabertura das camas da Unidade de Internamentos de Curta Duração (UICD), nos Hospitais de Alcobaça e de Pombal, a partir do dia 1 de janeiro.

Por outro lado, o conselho de administração referiu não ter qualquer pedido da recém-criada Comissão de Utentes de Alcobaça, mas assegurou existir “toda a disponibilidade para reunir, a exemplo do que tem acontecido com outras comissões de utentes”.


Secção de comentários

  • Carmindo Pereira Bento disse:

    Os médicos que, após a sua formação, querem ir ganhar mais para o estrangeiro se não quiseram ficar em Portugal os mesmos anos que tiveram a tirar o curso, deveriam pagar ao Estado a despesa que este teve com eles até se formarem. Com os impostos de todos nós, claro.

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