A intensa precipitação dois últimos dias levou ao encerramento das Grutas de Mira de Aire. “É oficial, a gruta está inundada, voltaremos a receber visitas quando o nível da água baixar”, anunciaram os responsáveis das grutas, esta quarta-feira, dia 22.
Os últimos dias têm sido generosos em precipitação na região, o que explica os elevados níveis freáticos registados naquelas grutas do concelho de Porto de Mós e que, anualmente, atraem muitos milhares de visitantes.
De acordo com os dados disponibilizados pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), desde a última segunda-feira, Leiria registou mais de 60 milímetros de precipitação, mais de metade da chuva registada em todo o mês de janeiro do ano passado, sendo que a última terça-feira (com 41,8 mm), foi o dia mais chuvoso.
Noutros pontos da região, todavia, a precipitação foi mais intensa: a rede do IPMA adianta que desde segunda-feira e até ao dia de ontem, em Ansião, choveram quase 80 mm. Em São Pedro de Moel (aproximadamente 57,9 mm) e em Alcobaça, 40,9 mm, os valores estão mais próximos dos registados em Leiria.
A chuva deverá voltar com maior intensidade no fim de semana, com previsão de precipitação mais intensa no domingo e na segunda-feira.
A “inundação” das grutas em consequência da precipitação já aconteceu anteriormente. De acordo com a informação avançada pelas próprias grutas na publicação que dá conta do encerramento temporário à visitação, situação semelhante sucedeu em 2019.
As Grutas de Mira de Aire publicaram um vídeo que testemunha a intensidade da água que corre no seu interior. (em baixo)
“A secção inundada fica em zona semiativa, por isso é passível de receber inundações, a maioria da secção turística da gruta, no entanto fica em zona fóssil, sem circulação ativa de água”, reforça a publicação em resposta a questões do público, explicitando que “a água que circula” pelo sistema das grutas “é recolhida no Polje Mira-Minde e depois segue por outras grutas e galerias para as nascentes dos Rios Almonda e Alviela”.