A direção da Biblioteca de Instrução Popular (BIP) de Vieira de Leiria demitiu-se esta sexta-feira, dia 3, alegando “motivos profissionais e questões de saúde” de alguns dos membros, impedindo “o desempenho dos cargos com a dinâmica que a associação exige”.
“A demissão foi apresentada no final de um maturado processo de reflexão”, em que se concluiu pela “necessidade da existência de uma direção com disponibilidade para continuar a implementar um projeto que conduza a BIP até ao centenário em crescendo de vitalidade”, explica, em comunicado, a direção demissionária, cujo mandato terminaria apenas no final deste ano.
Neste contexto, a direção solicitou ao presidente da assembleia-geral a convocação de eleições para os órgãos sociais da BIP para “fevereiro, a partir do dia 15, concluído que esteja o processo de fecho de contas de 2024 e a sua submissão ao parecer do conselho fiscal”.
Enquanto isso não acontece, “os membros demissionários assegurarão a gestão corrente da BIP até à realização da assembleia-geral e eleição dos novos corpos sociais, sem lançamento de novos projetos ou decisões estruturais para o futuro da associação”, refere o comunicado.
A direção demissionária, eleita no final de janeiro do ano passado, apresenta o seu relatório de atividades, destacando que “o ano de 2024 foi um ano de sentimentos ambíguos para os seus membros”.
“Assim, a preocupação principal foi manter as portas abertas com múltiplas valências em funcionamento e com a tentativa de, no dia a dia, introduzir atividades pontuais para cativar os vieirenses e, em particular, os seus associados”, explica.
Porém, “apesar da confirmação do sucesso de algumas atividades, como os festivais de folclore e do petisco, e o passeio de carros clássicos, bem como o esforço para uma comemoração digna dos 50 anos do 25 de abril, chegamos ao final do ano com a mágoa de não termos conseguido trazer à BIP mais pessoas”, adianta.
Por fim, refere que “o ano de 2024 ficou marcado pela dor provocada pela morte de Júlio Gouveia, presidente do conselho fiscal e lutador incansável por um associativismo de qualidade na nossa terra. Se mais não houvesse, só este último facto faria pender o balanço do ano para o lado negativo”.