Nova peça, 18 participantes, e um espaço diferente. A mais recente aventura das residências artísticas do Libélula Teatro chama-se “Sete voltas na ampulheta” e estreia já no dia 1 de fevereiro (21h30, entrada livre). O projeto que convida a pisar o palco quem nunca experimentou, traz essa novidade: foi desenvolvida na Black Box, em Leiria, onde a peça é levada a público no sábado. A mudança trouxe “novos desafios e também oportunidades”, explica Emanuel Jacinto, que reparte a autoria e criação com Sandrine Cordeiro.
Na Black Box, o Libélula Teatro e os participantes na residência encontraram “uma atmosfera intimista e flexível”, que exigiu a adaptação “a um ambiente menos convencional” e “mais experimental”. Segundo Emanuel Jacinto, foi precisa “maior criatividade na utilização do espaço, na gestão técnica e na adaptação dos participantes a um formato que foge às convenções de um palco italiano”. Mas isso até reforçou “o compromisso do Libélula em explorar novas possibilidades e criar experiências significativas”, transformando cada espaço em pontos de encontro entre a arte e a comunidade”.
A residência resultou “um processo colaborativo e imersivo”, para “Sete voltas na ampulheta”, espetáculo que aborda “a relação humana com o tempo e como ele molda a vida em diferentes estágios”. Em foco vão estar temas como a pressa, a nostalgia, a perda e o valor das pequenas ações.
“Apesar das dificuldades – ensaios sem todos os elementos, textos que não são tão bem consolidados e outros constrangimentos próprios de um projeto de curta duração – acreditamos que estar em cena, enfrentar os próprios limites e contribuir para uma criação coletiva são conquistas significativas. O palco é um espaço de aprendizagem, e cada edição ensina-nos sempre algo de novo”, realça o encenador. As residências do Libélula envolveram cerca de 80 participantes em seis edições.