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Arguido julgado em Leiria em caso de burlas MB WAY diz que erro foi ter dado NIB

Assegurando nunca ter tido a aplicação MBWay, o arguido – o único dos 22 presentes que quis prestar declarações ao tribunal coletivo – negou participação nas burlas e esclareceu que foi um funcionário do banco que o alertou.

Foto de arquivo: Joaquim Dâmaso

Um arguido que está a ser julgado num processo de burlas através do MBWay disse hoje, no Tribunal Judicial de Leiria, que o seu erro foi ter dado o número de identificação bancária (NIB).

“O meu grande erro foi ter disponibilizado o NIB da minha conta a uma pessoa conhecida”, afirmou, no início do julgamento, o homem, que está acusado de um crime de burla qualificada, falsidade informática, burla informática e acesso ilegítimo, todos em coautoria com vários arguidos.

Segundo o acusado, essa pessoa, também arguida no processo, precisava do seu NIB para fazer depósito de uma quantia, para “ele ou alguém conhecido” comprar uma viatura, tendo aceitado fazê-lo porque estava “numa situação de baixa”.

O arguido explicou que foram depositadas duas quantias de 2.500 euros cada na sua conta (uma delas objeto de outro processo em que também foi acusado).

“Entreguei [o dinheiro] a pessoas que não conheço de lado nenhum”, declarou, explicando que ficou com uma comissão de 200 euros.

Assegurando nunca ter tido a aplicação MBWay, o arguido – o único dos 22 presentes que quis prestar declarações ao tribunal coletivo – negou participação nas burlas e esclareceu que foi um funcionário do banco que o alertou.

“Já tinha feito os dois depósitos e não havia nada a fazer”, adiantou, garantindo não ter tido intenção de lesar.

O processo da alegada prática de dezenas de burlas através do MBWay tem 29 arguidos.

Em causa estão dezenas de crimes de burla, simples e qualificada, falsidade informática, burla informática, incluindo agravada, e acesso ilegítimo, cometidos em autoria singular ou coautoria, segundo o despacho de acusação consultado pela agência Lusa.

Na sessão desta manhã, foram ouvidas várias testemunhas, incluindo um lesado que ficou sem 20 mil euros.

À pergunta do procurador da República sobre se “nunca recuperou o dinheiro até agora?”, a testemunha respondeu: “Estou à espera”.

O julgamento prossegue à tarde.

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