Desde o início do ano há registo de três focos de gripe aviária na região de Leiria, o mais recente do dia 31 de janeiro, detetado num corvo-marinho-de-faces-brancas, uma ave selvagem, na União de Freguesias de Tornada e Salir do Porto, nas Caldas da Rainha. Na mesma freguesia, uns dias antes, a 23, foi confirmado um foco numa capoeira doméstica, que afetou galinhas, patos e gansos e ainda no parque D. Carlos I, no centro da cidade, em dois pavões e num cisne.
Na ocasião, a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) implementou medidas de controlo que incluiram “a inspeção aos locais onde a doença foi detetada, a remoção dos animais afetados e a limpeza e desinfeção”, bem como “a restrição da movimentação e a vigilância das explorações que detêm aves existentes nas zonas de restrição”.
Tendo em conta que, desde o início de 2025, foram já sinalizados nove focos em todo o país, a DGAV apelou a todas as pessoas que tenham aves para que cumpram as medidas de segurança, como o confinamento destas espécies detidas no continente.
Segundo a informação disponibilizada pela mesma entidade, a gripe aviária de alta patogenicidade pode causar apatia muito evidente, dificuldades respiratória, cristas arroxeadas, penas eriçadas e o corpo posicionar-se em forma de bola. Além disso, é uma doença que pode causar a morte súbita das aves infetadas.
No entanto, há formas de prevenir a infeção. No caso das aves de capoeira, é importante mantê-las numa zona vedada, que evite a entrada de aves selvagens, garantir que está em bom estado de conservação e que a sua limpeza é feita regularmente.
Quanto ao alimento e à água, estes devem estar dentro da capoeira e fora do alcance de outros animais. À entrada e à saída desse espaço, todas as pessoas devem lavar as solas do calçado e as mãos, com água e sabão. É ainda aconselhável que as aves estejam divididas por espécies.
Também outros animais domésticos como gatos, cães e furões devem ser protegidos, evitando o contacto direto com aves de capoeira ou selvagens encontradas doentes ou mortas ou com objetos, superfícies e fontes de água contaminadas. Entre outras medidas, deve ainda ser evitado alimentar estes animais com carne crua de aves de capoeira.
A transmissão do vírus para humanos é muito rara, tendo sido reportados casos esporádicos em todo o mundo.