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Pombal testa projeto para reforçar vizinhança e combater isolamento social

O projeto-piloto está a decorrer na Praceta José António O. Bimba, no centro da cidade de Pombal, onde moram cerca de 100 pessoas.

Foto: CMP

A Câmara de Pombal está a testar um projeto para reforçar os laços de vizinhança e combater o isolamento social, que passa por melhorar o espaço público para que as pessoas possam conviver.

“O objetivo desta iniciativa é promover a vizinhança. O que pretendemos é criar espaços públicos que permitam que as pessoas saiam das suas casas, estejam num espaço público interagindo umas com as outras”, afirmou ontem à agência Lusa Cláudia Costa, do Gabinete de Desenvolvimento Sustentável e Felicidade do município de Pombal, no distrito de Leiria.

Salientando que “o isolamento é um grave problema de saúde pública que as várias entidades que trabalham com as populações têm de procurar, de alguma maneira, ultrapassar”, Cláudia Costa reconheceu situações de quem vive em prédios que, além do cumprimento habitual “bom dia, boa tarde (…), não há mais convívio”.

“Nós queremos aumentar esse convívio”, frisou a responsável, doutorada em geografia.

O projeto-piloto está a decorrer na Praceta José António O. Bimba, no centro da cidade de Pombal, onde moram cerca de 100 pessoas.

“Tem já uma população envelhecida, tem uma população que, muitas vezes, está isolada socialmente e nós queremos com este programa combater este problema do isolamento social e promover a vizinhança entre as pessoas, o conhecimento, a interação entre todos”, adiantou.

Esta praceta junta “não só residentes de uma cooperativa de habitação, como também uma Universidade Sénior e uma entidade privada que faz programas de ocupação para crianças ao fim do dia e nas férias”, além de ser um espaço frequentado por pessoas que acorrem ao hospital e estacionam na zona, explicou Cláudia Costa.

Numa primeira reunião, perguntou-se a residentes e utilizadores, incluindo crianças, o que consideravam fazer falta na praceta e as respostas incluíram bancos, mesas (para as crianças lancharem na rua quando regressam da escola), uma fonte com flores à volta (porque as pessoas gostam muito de flores e fica bonito) ou equipamentos infantis, adiantou esta responsável.

Com base nos resultados dessa reunião, segue-se uma sessão interna no município para aferir da exequibilidade das propostas apresentadas pela população.

Este projeto-piloto pode levar à criação de um programa municipal de promoção da vizinhança.

“Estamos neste momento a testar para perceber até que ponto é que faz sentido ter este género de programas aqui em Pombal”, declarou.

Segundo Cláudia Costa, ao levar as pessoas a dar a sua opinião sobre o que querem, por exemplo, para uma praça, promove-se “os laços entre essas pessoas, o conhecimento entre vizinhos”.

“E isso depois leva a que mais tarde se precisarem de alguma coisa, os vizinhos já tenham mais à vontade para pedir ajuda”, referiu, confiante no aumento dos “laços entre os vizinhos” e que isso se torne num hábito.

Cláudia Costa rejeitou que este seja programa seja exclusivo para a cidade.

“Pode ser também para a aldeia. Eu acho que o importante é encontrar locais e pessoas que estejam interessadas em criar mini espaços de convívio para a população”, declarou.

De acordo com uma nota de imprensa da autarquia, este projeto conta com o apoio da Junta de Freguesia de Pombal. Resulta da participação do município em duas redes internacionais, a “Breaking Isolation”, financiada pelo Programa Europeu URBACT, e a iniciativa “Participation4All”, impulsionada pelo United Cities and Local Government, o município de Valongo e a Universidade de Aveiro.

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