A música tem o poder de dar sentido a tudo: oito anos depois da última aventura, os Blur juntaram-se para gravar o álbum “The ballad of Darren”. Toby L. filmou o reencontro em “Blur: To the end”, documentário que mostra a reunião de velhos amigos num filme repleto de alegria, vulnerabilidade, orgulho, cansaço, lesões, lágrimas e humor negro.
O mais recente capítulo da vida do venerado grupo de britpop foi um regresso inesperado que pode ser visto em Leiria terça-feira, dia 1 de abril, no arranque de mais uma edição do ciclo documental Hádoc.
Mas o filme sobre os Blur é como uma nota dissonante num ano em que a programação reflete, sobretudo, a tumultuosa situação mundial. “Esta será, porventura, uma das edições mais politizadas do Hádoc”, reconhece um dos coordenadores e programadores do ciclo, Nuno Granja. Não houve intenção que isso acontecesse, mas “num mundo pós-pandemia assolado por conflitos que põem em causa o equilíbrio mundial, [isso] naturalmente influencia quer os criadores, quer a equipa de produção”.
Por isso, até 24 de junho passam no Teatro Miguel Franco filmes que abordam desde o conflito israelo-palestiniano à exploração de lítio em Trás-os-Montes, da ascensão do nacionalismo cristão nos Estados Unidos da América ao ex-presidente uruguaio Pepe Mujica.
Ao todo são sete documentários, sempre precedidos de uma curta-metragem. Programação e outras informações disponíveis em www.teatrojlsilva.pt.
