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São mais de 2.500 as mulheres com mais de 100 anos em Portugal

Para assinalar o Dia Internacional das Mulheres, a Fundação Francisco Manuel dos Santos analisou a vida das mulheres em Portugal ao longo da vida, da infância à longevidade, passando pela educação e a reforma.

Entre os 3.149 centenários residentes em Portugal em 2023, 2.566 eram mulheres

O número de pessoas centenárias não pára de aumentar em Portugal, sendo a maioria do sexo feminino. Em 2023, residiam no país 2.566 mulheres com mais de 100 anos, quatro vezes mais do que homens (583) do mesmo grupo etário.

Este é um dos números que “marcam a vida da mulher em Portugal”, de acordo com o retrato “Idades no Feminino”, divulgado pela Fundação Francisco Manuel dos Santos (FFMS), no âmbito das comemorações do Dia Internacional da Mulher.

Os dados recolhidos indicam ainda que as mulheres com mais de 90 anos (91.868) em Portugal eram, por sua vez, mais do dobro dos homens da mesma faixa (39.102).

Maior esperança de vida

A esperança de vida continua a ser maior para as mulheres, situando-se nos 84 anos à nascença e nos 86 anos aos 65 anos. Já para os homens, as mesmas previsões cifram-se nos 78 anos e 83 anos, respetivamente, de acordo com dados relativos a 2023. Nesse ano, a mulher mais velha que morreu em Portugal tinha 112 anos.

Em contrapartida, a partir dos 65 anos, as mulheres “têm menos anos de vida saudável” (sete) do que os homens (nove), referem os dados da FFMS.

O estudo, elaborado com base em várias fontes estatísticas, entre as quais o Instituto Nacional de Estatística, Pordata, Eurostat, Direção-Geral da Saúde e Segurança Social, revela que a idade média de reforma das mulheres, em 2023, foi de 65,2 anos, e a dos homens ligeiramente mais baixa: 64,9 anos.

49%

Em 2023, nasceram 41.951 bebés do sexo feminino em Portugal, o que representa 49% do total de recém-nascidos. Elas vivem mais anos do que eles, embora, a partir dos 65 anos de idade, as mulheres tenham menos anos de vida saudável do que os homens, revelam dados recolhidos pela Fundação Francisco Manuel dos Santos

Maior risco de pobreza

As estimativas indicam, por outro lado, que 25% das mulheres (uma em quatro), a partir dos 65 anos, “está em risco de pobreza”.

Poderá contribuir para esse dado o facto de receberem, em média, pensões mais baixas do que os homens: 516 euros contra 833 euros, situando-se a diferença em 317 euros.

Dados mais positivos revelam que é na faixa entre os 45 e os 64 anos que as mulheres viajam mais, sendo que é também nesse grupo etário que viajam mais do que os homens.

Casam mais tarde e estudam mais

Portugal surge como o terceiro país da União Europeia com a percentagem mais elevada (87%) de mulheres entre os 40 e 44 anos de idade inseridas no mercado de trabalho. No entanto, ganham, em média, menos 16% dos homens, cifrando-se a média salarial em 1.238 euros para elas, e 1.476 euros para eles.

Entretanto, as mulheres passaram a casar-se mais tarde (34 anos em média) do que no início da década de 80 (23 anos); têm o primeiro filho mais tarde (30 anos em média) do que em 1970 (24 anos), e têm menos filhos (1,4 em média) do que há 50 anos (3,0).

Ao longo das últimas décadas, as mulheres conquistaram o seu espaço na vida académica, representando atualmente 54% da comunidade estudantil no ensino superior. Ainda em termos de prossecução de estudos, “nove em cada dez mulheres, entre os 20 e 24 anos, têm pelo menos o secundário completo”, revela o mesmo estudo.

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