A antiga Albergaria Nobre, no coração da cidade da Marinha Grande vai ser transformada em residência de estudantes.
O processo de transformação da antiga unidade de alojamento num moderno espaço para acolher até 76 estudantes do ensino superior, vai custar cerca de 3,5 milhões de euros e tem um prazo de dez meses para ser realidade.
O ato de consignação da obra, que marca o arranque da intervenção, aconteceu ao início da tarde da última quinta-feira, precisamente nas instalações da albergaria que vão receber as obras.
Para o local está previsto o surgimento de 50 unidades de alojamento, num total de de 76 camas, distribuídas por três pisos. A residência contará com quatro tipos de alojamento: duas dezenas de quartos individuais, outros tantos duplos, seis estúdios e espaços adaptados serão quatro. Cozinhas, salas de convívio, terraços exteriores e biblioteca fazem ainda parte do projeto.
A fachada será realizada com acabamento verde garrafa, “integrando elementos em vidro, em referência à tradição vidreira da Marinha Grande” e a relação com o Pinhal do Rei será “reforçada no design e materiais utilizados”, aponta a informação avançada pela autarquia da cidade vidreira.
Financiado pela União Europeia através do NextGeneration EU, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), o projeto é apontado pelo presidente da Câmara, Aurélio Ferreira, como sendo de grande importância para a requalificação da cidade, lembrando igualmente que se trata de “um local nobre da Marinha Grande, através do qual vamos trazer 76 jovens para dinamizar esta área, revitalizar a zona envolvente e fomentar a ligação entre a academia e a economia local.”
As declarações do autarca da Marinha Grande, citada em nota do município, ocorreram na cerimónia da última quinta-feira, ocasião em que Carlos Rabadão, presidente do Politécnico de Leiria, realçou a necessidade de investimento em alojamento estudantil, uma vez que “são muitos os estudantes deslocados e poucas as camas disponíveis”. “Esta residência contribuirá para minimizar esse problema”, continuou.
José Pequeno, o arquiteto autor do projeto, explicou que o conceito da intervenção procurou “preservar a fachada e os traços originais, valorizando a identidade da Marinha Grande e a sua história ligada ao vidro e ao Pinhal do Rei. O projeto foi pensado para otimizar espaços e criar um ambiente funcional e acolhedor.”
Se tudo correr de acordo com os prazos previstos, no final do próximo inverno, a albergaria que mora na rua Alexandre Herculano, deverá ressurgir transformada em residencial estudantil.
