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E se as máquinas ficarem com tudo?

A Inteligência Artificial (IA) está a transformar o mercado de trabalho, substituindo tarefas rotineiras e exigindo novas competências. A educação enfrenta o desafio de integrar estas ferramentas em vez de as proibir. Ao mesmo tempo, aumentam os riscos de desinformação e ciberataques, exigindo respostas urgentes e coordenadas, afirma Sérgio Ferreira, professor universitário de IA

A Inteligência Artificial (IA) está cada vez mais presente na vida das empresas e dos cidadãos. Quais as maiores oportunidades criadas pela IA?
A forma como a Inteligência Artificial (IA) chega a um país como Portugal é diferente da forma como chega e tem impacto, por exemplo, nos Estados Unidos. A grande oportunidade que temos hoje é a de redesenharmos a forma como trabalhamos. Até agora, grande parte do trabalho que desenvolvemos — e que nos ocupa tempo no dia a dia — são tarefas que chamamos de rotineiras ou mundanas, muitas delas bastante repetitivas. Estas máquinas são hoje muito boas a executar esse tipo de trabalho. E, quando digo que a oportunidade está em redesenhar o trabalho, refiro-me à necessidade de olharmos para os nossos processos e percebermos onde é que estas ferramentas podem ser integradas, substituindo aquilo que fazemos de forma menos eficiente.

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