O valor médio do salário bruto nas empresas SB Vidros e Gallo Vidro, situadas na Marinha Grande, fica acima dos 2 mil euros mensais, avançou o grupo Vidrala, em resposta à greve que decorre desde o final de março no sector vidreiro.
“Atualmente a Remuneração Bruta Mensal Média, retirando quadros diretivos e todos os outros de liderança, das empresas SB Vidros e Gallo Vidro, é substancialmente superior ao verificado em Portugal, situando-se este valor médio, nestas empresas [do grupo] Vidrala, acima dos 2.000 euros mensais”, explica, em comunicado.
O grupo empresarial acrescenta que, dentro da tabela salarial destas empresas, o valor mais baixo do vencimento base se situa nos 1.244 euros, ao qual acrescem os subsídios de alimentação e de turno, prémios mensais e outras remunerações.
Este ano, refere a mesma fonte, “os aumentos praticados pelas empresas e trabalhadores numa primeira fase com os sindicatos”, em diferentes postos de trabalho, variam entre os 100 e os 140 euros, o que representará um aumento dos vencimentos base superior aos 4%, “quando a inflação verificada foi de 2,4%”.
“Todos os outros conceitos [salariais] não regulares, como sendo horas extraordinárias ou feriados aumentam também na mesma ordem de grandeza”, lê-se no documento.
O grupo Vidrala sublinha que nas suas empresas “já se praticam há largos anos e pela esmagadora maioria das pessoas que ali trabalham menos de 35 horas normais semanais”, sendo que os restantes trabalhadores efetuam “no máximo 37,5 horas por semana”.
A direção da Vidrala afirma que, nos últimos 10 anos, os aumentos salarias aplicados foram, cumulativamente, superiores a 12%, “permitindo um aumento efetivo do poder de compra”.
A implementação de medidas como o seguro de saúde ou serviços médicos gratuitos são também referidas no comunicado enviado às redações.
O grupo empresarial diz ainda que, nos últimos anos, investiu cerca de 350 milhões de euros nas empresas instaladas na Marinha Grande “não só em instalações produtivas”, como também “nas mais diversas instalações sociais, como refeitórios, ginásios, serviços médicos e de fisioterapia ou centros de formação com a tecnologia mais avançada”.
A greve iniciada no dia 25 de março abrangeu três empresas do Grupo Vidrala – SB Vidros, Gallo Vidro e Vidrala Logistics – e entre as reivindicações constantes nos três pré-avisos de greve estão aumentos de salários e do subsídio de refeição, atualização do subsídio de turno, 35 horas de trabalho semanais, prémio de produção ou mais dias de férias.