O Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústrias da Alimentação, Bebidas e Tabacos de Portugal (SINTAB) fez um balanço positivo da greve, que hoje terminou, na unidade de Pombal da Sumol+Compal.
“O balanço foi positivo, os trabalhadores estiveram em grande força, estão unidos, estão firmes e já agendaram nova greve caso a empresa não venha a ceder às suas reivindicações”, afirmou à agência Lusa a dirigente do SINTAB Mariana Rocha, também coordenadora da União dos Sindicatos do Distrito de Leiria.
Segundo a dirigente, “a produção esteve parada os dois dias”, reiterando que, se a empresa não atender às reivindicações, estão já previstos mais dias de greve para maio.
A paralisação, entre quarta-feira e a manhã de hoje, tinha por objetivo alcançar aumentos salariais, valorização das categorias profissionais e negociação do contrato coletivo.
“A empresa procedeu a aumentos de ato de gestão, não foi a reivindicação dos trabalhadores que, era 15%, no mínimo 150 euros para todos”, disse Mariana Rocha.
Quanto à valorização das carreiras profissionais, a dirigente explicou que, “cada vez mais, os trabalhadores fazem de tudo, categorias com grandes responsabilidades e não são valorizados por isso”.
De acordo com a dirigente sindical, “a valorização das categorias e o aumento dos salários são a base motivadora desta luta”.
Embora o pré-aviso de greve tenha sido de âmbito nacional, aguarda-se a decisão de trabalhadores de outras unidades quanto a eventuais paralisações, acrescentou Mariana Rocha.
“Para já foi Pombal, Pombal mantém a firmeza e a unidade de continuar. Vamos aguardar que os outros também tenham o mesmo posicionamento”, adiantou, referindo que a unidade do distrito de Leiria tem cerca de 100 trabalhadores.