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Sociedade

António Barreto aponta convergência política como condição para sair da crise

A convergência política, o aumento da produtividade e da idade de reforma e a manutenção de alguma protecção social. Estas são as condições essenciais para que Portugal consiga sair da crise em que se encontra, entende António Barreto, sociólogo e presidente da Fundação Francisco Manuel dos Santos.

A convergência política, o aumento da produtividade e da idade de reforma e a manutenção de alguma protecção social. Estas são as condições essenciais para que Portugal consiga sair da crise em que se encontra, entende António Barreto, sociólogo e presidente da Fundação Francisco Manuel dos Santos.

Em conjunto com o empresário Herique Neto, António Barreto foi o orador da conferência “Pensar o país”, promovida pela ADLEI – Associação de Desenvolvimento de Leiria e pela Livraria Arquivo e que decorreu na noite de ontem, em Leiria. Referindo-se à actual situação do país, o sociólogo lembrou os seus tempos de governante. “Na altura, disseram-me para ir à Alemanha pedir um empréstimo de 50 milhões de contos, e fui. Mas não se compara com o sufoco de pedir 80 mil milhões”, adiantou.

Muito embora considerando que a actual crise que atinge o país é o resultado da conjunção do impacto da crise internacional, o consumo nacional e a acção das autoridades políticas, António Barreto referiu considerar que os responsáveis políticos são, no seu entender, os principais responsáveis.

“As autoridades nacionais deveriam ter previsto as situações mais difíceis que atravessamos e deviam ter tomado medidas há anos”, afirmou. “Bastava que há dois anos houvesse um governo de coligação e tudo seria mais simples”, acrescentou. Na altura seria possível não fazer mais parcerias público-privadas e parar o TGV, exemplificou para dar conta de algumas das medidas que deveriam ter sido tomadas.

Agora, entende, será necessário o entendimento entre partidos que “cesse com a permanente crispação política”, o reforço do esforço nacional em simultâneo com a preservação de algum apoio social, uma vez que “não é possível preservar a protecção que existe actualmente”.

Já o empresário Henrique Neto, centrando a sua intervenção sobre o futuro da região de Leiria, apontou as suas vantagens: pouca dependência do Estado, diversidade económica e empreendedorismo. Lamentou que cá, como no país, falte comunicação entre os vários actores económico-sociais, bem como autarquias que apostem numa estratégia de desenvolvimento económico. Mas deixou uma palavra de esperança: “Se pensarmos a região de forma integrada, penso que Leiria pode ser um caso de sucesso”.

 

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