O ciclista-bombeiro de Leiria volta a participar nos mundiais de veteranos, na Áustria, entre 21 e 25 de agosto. Carlos Vieira, que participa no escalão para 60-65 anos, acredita que à décima é de vez. E sonha com um lugar no pódio entre os melhores masters do mundo.
Está de partida para mais uma participação no mundial de ciclismo de masters. Como se sente?
Sinto-me bem. Tenho-me preparado bem. Finalmente sinto-me na melhor forma para lá ir, enfrentrar as ‘feras’. Vai lá gente de todo o mundo, a concorrência é feroz. Italianos, suíços, austríacos, alemães, brasileiros, americanos, russos… Juntam-se ali ciclistas de todo o mundo.
Com que expetativas parte?
A concorrência é enorme mas não é desculpa. Estou confiante que à décima é de vez. Não tenho equipa, comos italianos, que correm muito em conjunto. Tenho de apanhar um “comboio” onde eles estejam e no final logo se vê. Não posso apanhá-los todos. Não posso ir “à queima”. Mas vou tentar disputar uma chegada ao sprint para ver se faço um lugar bom.
Quais serão as suas apostas?
Sobretudo no Campeonato do Mundo, no dia 21, e na Taça do Mundo de Masters, no dia 25. No contra-relógio, de 35 quilómetros, tenho de ser realista: há cada “galifão” a fazer médias que parecem “aviões”. Às vezes parece que vão de motorizada!
Vai chegar em melhores condições do que no ano passado…
Sim, fui para lá só com “uma perna”. Sofri uma queda antes e sofri as passas do Algarve, fiquei com o osso à vista. O médico disse para não ir mas eu sou teimoso. Tinha tudo pago e não ia deixar de ir. Só se estivesse a morrer. Para complicar, a bicicleta ficou retida noutro avião. Foi uma participação muito difícil.
Qual é o seu sonho?
Todos querem ter um lugar no pódio. Esse é o meu sonho. O quadro de honra, para os dez primeiros, também era bom. Mas sonho é mesmo com um lugar no pódio. Vou sofrer por isso. Se houver uma oportunidade vou agarrá-la.
ML
