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Ourém

Cília Seixo concorre pelo PS em Ourém, Paulo Fonseca diz-se vítima de “estratégia armadilhada”

A psicóloga, anterior número 2 da lista, assume candidatura ao município de Ourém, na sequência do impedimento do atual presidente.

A psicóloga Cília Seixo assume o compromisso de candidatura ao município de Ourém, no distrito de Santarém, em substituição do socialista Paulo Fonseca, impedido de se recandidatar às eleições autárquicas de 1 de outubro pelo Tribunal Constitucional.

A candidata, de 55 anos, professora de Filosofia e Psicologia em Fátima, ocupava o segundo lugar da lista do PS encabeçada pelo atual autarca Paulo Fonseca, que foi considerado inelegível por estar envolvido num processo de insolvência.

“Embora de forma inesperada, estou aqui de alma e coração, com força, com garra para levar este projeto até ao fim”, disse Cília Seixo terça-feira à noite, dia 12 de setembro, numa conferência de imprensa, na sede de candidatura em Ourém.

Na sua intervenção, ao lado de Paulo Fonseca, disse que o PS tem “uma excelente equipa, que merece continuar o trabalho do Paulo Fonseca e vamos ser capazes de o fazer”.

“Nós queremos continuar o projeto e nunca, numa situação destas, abandonaria um programa excelente e uma equipa que acho ótima”, sublinhou a candidata.

Depois de ouvir rasgados elogios de Paulo Fonseca, que lhe prometeu todo o apoio, Cília Seixo prometeu empenho no seu trabalho, “que tem muito a ver com aquilo que fui observando na gestão do Paulo Fonseca”.

“Nos últimos oito anos vi alguém a mudar face do concelho, a dar uma dinâmica a todo o concelho que não existia, preocupado em pagar uma dívida astronómica e a conseguir fazer obra”, frisou a candidata socialista.

Já Paulo Fonseca considera ter sido alvo de uma “estratégia organizada e armadilhada”, que conduziu à sua inelegibilidade ao município de Ourém.

Na conferência de imprensa de terça-feira à noite, o ainda presidente da Câmara de Ourém disse que a justiça se encontra num “sistema moribundo e impediu um cidadão de ser submetido à escolha livre dos cidadãos”, manifestando-se de “mãos limpas e consciência tranquila”.

Paulo Fonseca salientou ainda que foi declarado insolvente por, até 2008, ter sido sócio de uma empresa que faliu e da qual nunca foi gerente.

RL com Lusa

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