Várias instalações artísticas espalhadas pelas ruas convidam os visitantes de Óbidos a redescobrir a vila onde, até dia 27, a arte contemporânea se mistura com o património em mais uma edição do “Junho das Artes”.
Dedicada ao tema “Entre Muros” a 3ª edição do evento foi ao final da tarde hoje inaugurada com uma visita guiada por Filipa Oliveira, a curadora convidada deste ano que decidiu centrar-se na identidade de Óbidos enquanto vila situada entre de muralhas.
“Numa vila rodeada por muralhas, o meu desafio aos artistas foi pensarem a relação entre o espaço fora e dentro de ‘muros’ e criar intervenções que motivem as pessoas a redescobrir esta vila” disse à Lusa Filipa Oliveira.
Dezoito “Project rooms” (intervenções artísticas” espalhadas pelas ruas dentro e fora das muralhas, marcam o evento que conta para além da exposição “Entre Muros” com uma mostra de projetos de intervenções públicas de Fernanda Fragateiro.
A exposição intitulada “Toda a Paisagem não está em parte nenhuma” estará patente na Galeria NovaOgiva até outubro e é um dos pontos altos do Junho das Artes, mostrando sete projetos que conciliam escultura, arquitetura e paisagem.
Workshops, uma feira de design urbano, palestras e música ao vivo com conhecidos Dj’s nacionais são outros dos atrativos do junho da Artes, que este ano dá grande destaque à música.
Para além de animação com dij’s nacionais em vários locais da vila, destaque para um concerto a realizar nos antigos armazéns da EPAC, com o grupo Monte Lunai, um grupo de cinco músicos que se dedicam à redescoberta da dança e do baile tradicional, no contexto da música tradicional europeia.
O lançamento do catálogo com todas as peças e intervenções artísticas e musicais patentes no Junho das Artes está agendado para dia 19, e ao longo do mês a arte estará em debate em vários espaços de conferência entre artistas convidados.
A organização é do município de Óbidos, através da Óbidos Patrimonium.
O programa completo pode ser consultado em www.cm-obidos.pt.