Nascido e criado em Leiria, Luís Amaral recorda-se desde sempre da presença das aves que animam o rio Lis, no centro da cidade de Leiria.
Foi a pensar nestes animais que, no passado dia 22 de maio, feriado municipal de Leiria, deixou uma casa de madeira junto à ponte do Bairro dos Anjos, a boiar no rio, para que os patos e as crias ali se possam abrigar e alimentar.
“A ideia surgiu há um ano quando visitei uma aldeia e reparei que tinham construído casas para os patos se alimentarem. Desde miúdo que me lembro de ir ao parque do avião e fugia do parque infantil para ir admirar os cisnes que existiam no lago [onde atualmente se encontra o skatepark]”, conta Luís Amaral, de 60 anos. Depois de coordenado com a autarquia, “lançou-se” ao rio e deixou a nova mansão para os patos.
O processo de construção foi relativamente rápido e com recurso a materiais próprios, reciclados e resistentes à água. A madeira em contraplacado está assente numa palete e o telhado, em acrílico com caixa de ar. As plataformas frontal e traseira também são em acrílico e as laterais têm uma estrutura de madeira revestida com estores. A base é composta por flutuadores.
Certo é que os patos que vivem no rio Lis aprovaram o presente de Luís Amaral e rapidamente ocuparam a casa, desfrutaram da cama de palha e saborearam o pão e a ração que o “construtor” diariamente ali deixa.
Pormenor engraçado é a existência de ervas junto ao comedouro dos patos, resultado da junção das sementes com a água do rio.
“Não fiz isto para ser conhecido, fiz pelo prazer e pelo gosto que tenho pela cidade de Leiria e pelos patos. Há imensas pessoas a tirar fotografias, a partilhar no Facebook e a falar do assunto”, reforça.
O êxito da casa dos patos é tal que Luís Amaral já construiu uma segunda habitação e vai colocá-la este domingo, dia 17, junto ao cais do antigo hospital de Leiria.
A estrutura será um pouco diferente da primeira. Em vez do formato retangular, a casa será redonda, vai ficar ancorada no meio do curso do rio e terá o aspeto e pintura semelhante a um rochedo. Os patos podem igualmente entrar na plataforma para se abrigar ou alimentar.
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