A Associação Quercus e a Fundação Ageas, em colaboração com o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), vão plantar 22 mil árvores no Pinhal de Leiria, no sábado, disse hoje aquela organização ambientalista.
O coordenador do Grupo de Trabalho das Florestas da Quercus, Domingos Patacho, disse à agência Lusa que no sábado a associação ambientalista vai dar início a uma de muitas ações que prevê realizar no Pinhal de Leiria durante a época de chuvas.
No total, serão recuperados cerca de 16 hectares, correspondentes ao talhão 58, com plantas produzidas em viveiros certificados, entre pinheiros-mansos, pinheiros-bravos e espécies autóctones de zonas ribeirinhas.
Domingos Patacho acrescentou que a iniciativa irá mobilizar 250 voluntários, que irão realizar a rearborização “junto às linhas de água”, uma vez que se trata de espécies ripícolas.
“Com a chegada das primeiras chuvas irão recomeçar as ações de reflorestação, estando previstas algumas para novembro e dezembro”, revelou Domingos Patacho, salientando a importância das ações para contribuir para a rearborização do Pinhal de Leiria, depois do incêndio de 15 de outubro de 2017, que consumiu 86% da mata.
Em nota de imprensa, a Quercus refere que a iniciativa, além do cariz solidário, assinala o 20.º aniversário da Fundação Ageas, e que será realizada ao abrigo de uma parceria estabelecida com o projeto “Criar Bosques, Conservar a Biodiversidade”, da Associação Quercus, que tem como objetivo criar e cuidar de bosques de espécies autóctones, árvores e arbustos originais da flora portuguesa.
“É hoje inegável a necessidade de um maior investimento e um reforço das competências dos serviços florestais do Estado para fazer face à necessária recuperação do Pinhal de Leiria. Com as alterações climáticas, terão forçosamente de mudar os modelos de gestão das florestas públicas, abandonando a lógica produtivista e abraçando uma estratégia que promova a conservação dos solos e da biodiversidade”, referiu o presidente da associação ambientalista, João Branco, citado na nota de imprensa.
Segundo o dirigente, o “investimento que o setor privado e corporativo está a fazer na recuperação do Pinhal de Leiria, como é o caso da Fundação Ageas, tem uma enorme importância no envolvimento ativo e voluntário da sociedade civil na recuperação da floresta, dos seus solos e da biodiversidade”.
No mesmo comunicado, a presidente da Fundação Ageas, Célia Inácio, destacou que a ação de reflorestação “pretende sensibilizar o universo do Grupo Ageas Portugal (colaboradores, mediadores, familiares e amigos, parceiros, clientes e sociedade em geral) para o impacto de um papel de cidadania ativa, através de uma atitude voluntária, nomeadamente na recuperação de grandes catástrofes”.
“Durante estes 20 anos, a Fundação Ageas construiu um ecossistema de parcerias, de modo a gerar um impacto verdadeiramente positivo. Neste caso, é a nossa contribuição para o renascer do Pinhal de Leiria”, adiantou Célia Inácio.
Lusa
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