A reparação do molhe da foz do Rio Alcoa, um investimento de quatro milhões de euros, deverá arrancar em meados de 2019, divulgou hoje a câmara da Nazaré com base em informações da Agência Portuguesa do Ambiente (APA).
“O molhe encontra-se deteriorado há muitos anos e é insuficiente para suster as águas sem inundar os terrenos agrícolas, pelo que se trata de uma obra essencial”, disse hoje à Lusa Walter Chicharro, referindo-se à reparação do molhe da foz do Rio Alcoa.
A obra, orçada em quatro milhões de euros, “deverá arrancar até meados de 2019”, afirmou o autarca com base nas informações “transmitidas pelo vice-presidente da APA [Pimenta Machado]” numa reunião entre as duas entidades.
No encontro, realizado na última sexta-feira, foi assinado um contrato interadministrativo de cooperação para o desassoreamento da embocadura da foz do Rio Alcoa, em terrenos do domínio hídrico, situados na área do município da Nazaré.
O acordo estabelece a participação de cada uma das entidades na limpeza da foz, visando” a redução dos riscos para pessoas e bens”, através da realização de 15 intervenções, orçadas em 700 mil euros cada.
A embocadura do rio “é constantemente obstruída com a deposição de sedimentos arrastados pelas águas do mar, estando os efeitos desta ação visíveis nos terrenos a montante, em especial no perímetro hidroagrícola da Cela”, explicou hoje a câmara em comunicado.
O assoreamento é também “responsável pela subida do nível freático e salinização da água utilizada na rega das culturas no perímetro de rega, e pela exposição das zonas de menor cota a inundação e perdas materiais, ao nível das culturas agrícolas e nas áreas de pastagem”, pode ler-se no documento.
Na reunião para assinatura do contrato de cooperação foi ainda abordada “a aprovação da candidatura submetida pela APA ao POSEUR para a sustentação das arribas do Sítio da Nazaré”, que, segundo Walter Chicharro, “foi alargada à reabilitação da arriba sobre o túnel do ascensor”.
A reabilitação da arriba, da responsabilidade da APA, “vai ser feita em coordenação com o município”, adiantou o presidente, já que “implica uma paragem do funcionamento do ascensor por um período mais alargado que a habitual paragem para manutenção”.
Segundo o autarca, a previsão da APA “passaria por uma paragem de seis meses” que a câmara pretende “reduzir para dois meses”, considerando que “será possível conciliar a obra e a manutenção do funcionamento do elevador”.
Na reunião foi ainda discutido o projeto para a construção de novos acessos à Praia do Norte e o estudo conjunto de soluções de requalificação dos acessos ao Forte de S. Miguel e à Praia, divulgou a câmara.
Lusa