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Saúde

Raul Castro defende continuidade de Helder Roque e ministério não esclarece se aceita demissão

Autarca de Leiria reclama condições para que Helder Roque continue o seu trabalho na liderança do Hospital de Leiria.  Ministério da Saúde confirma ter recebido pedido de demissão de Helder Roque mas não esclarece se a aceitou.

ambulâncias estacionadas à entrada do hospital de leiria
Arquivo/Joaquim Dâmaso

Autarca de Leiria reclama condições para que Helder Roque continue o seu trabalho na liderança do Hospital de Leiria.  Ministério da Saúde confirma ter recebido pedido de demissão de Helder Roque mas não esclarece se a aceitou.

Para Raul Castro, presidente da Câmara de Leiria, a questão do pedido de demissão de Helder Roque – que o próprio referiu ter sido feito como “protesto” – dever ser encarado com “serenidade”, defendendo que devem ser criadas as condições para a sua continuidade no cargo.

“Acho que neste momento tem de haver serenidade e vamos ver como as coisas podem evoluir”, refere em declarações ao REGIÃO DE LEIRIA. “O Dr. Helder Roque está na presidência há 14 anos e tem clamado por apoios que não lhe deram”, diz Raul Castro que considera que “Leiria tem sido objeto de alguma discriminação negativa e portanto essa situação não pode continuar”.

E esse foi um alerta que foi dado a Marta Temido, ministra da Saúde, na reunião que hoje manteve com a governante, refere. “A senhora ministra vai avaliar a situação para podermos dar os meios para que o Dr. Helder Roque possa continuar a cumprir a sua missão”, reforça Raul Castro.

Entretanto, o Ministério da Saúde já confirmou ter recebido o pedido de demissão de Helder Roque, não confirmando, contudo, se esta foi aceite. À questão sobre se Marta Temido tinha recebido o pedido de demissão e se o tinha aceitado, o gabinete da ministra da Saúde limitou-se a referir que “o Ministério da Saúde confirma que recebeu o pedido de demissão do presidente Conselho de Administração (CA) do Centro Hospitalar de Leiria-Pombal (CHLP)”.

Para já, para além de ficar em aberto o cenário de permanência de Helder Roque no cargo, fica afastado o cenário de uma saída em bloco de todo o CA. É que segundo o ministério da Saúde, os restantes elementos do CA “mantêm-se em funções”.

O ministério de Marta Temido afasta ainda as críticas de falta de investimento na unidade hospitalar de Leiria. “O Centro Hospitalar de Leiria, EPE tem vindo a ser alvo de reforços de investimento ao longo da legislatura”, aponta.

De acordo com os números do ministério, entre 2015 e 2018, foram investidos 11,2 milhões de euros, tendo-se verificado “uma diminuição significativa dos pagamentos em atraso de 2017 para 2018, em cerca de 2/3 do total, passando para 510.213 euros”.

O ministério argumenta ainda que “ao longo dos últimos três anos, houve também uma aposta no reforço de contratação de recursos humanos para o Centro Hospitalar de Leiria”. Em dezembro do ano passado, o centro hospitalar “contava com 2.073 profissionais de saúde, mais 43 médicos especialistas, mais 14 médicos internos e mais 88 enfermeiros do que no final de 2015”, assegura o ministério da Saúde.

Nos concursos de recém-especialistas de 2016, 2017 e 2018, o foram abertas “respetivamente, 36, 18 e 48 vagas. No último ano, apenas 25 foram preenchidas”, conclui o ministério liderado por Marta Temido.

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