Na terça-feira passada, as filas de trânsito junto a postos de combustível foram uma constante, deixando muitos automobilistas sem conseguir abastecer Foto: AM
A Rodoviária do Tejo, Lis e Oeste manteve hoje a supressão de algumas carreiras urbanas e interurbanas, na sequência da greve dos motoristas de matérias perigosas, disse à agência Lusa fonte da empresa.
Orlando Ferreira, um dos responsáveis da empresa, explicou que as restrições, decretadas na quarta-feira, se mantém hoje por ser difícil alterar as escalas e porque não é ainda possível abastecer normalmente nos postos de combustível, prevendo retomar o serviço regular na segunda-feira.
“Regozijamo-nos [com o anúncio do fim da greve], mas vamos aguardar pela normalização” no fornecimento de combustível, disse, frisando que o “foco” da empresa está em garantir o normal funcionamento na terça-feira, dia em que se iniciam as aulas do terceiro período escolar.
Para o dia de hoje, as várias direções de operações da empresa emitiram avisos às populações dando conta da supressão de algumas carreiras, fora das horas de maior procura, havendo situações, como no Médio Tejo, em que foram suprimidos todos os horários compreendidos entre 8h45 e as 17 horas.
A partir de sexta-feira e até domingo, mantém-se o serviço habitual aos feriados e fins de semana.
A greve dos motoristas de matérias perigosas terminou hoje de manhã, depois de o sindicato e a Associação Nacional de Transportadores Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM) terem chegado a acordo.
A greve nacional dos motoristas de matérias perigosas teve início às zero horas de segunda-feira e na terça-feira foram vários os postos de combustível que esgotaram a oferta disponível.
Hoje, quinta-feira, alguns postos ainda estavam condicionados e a Associação Portuguesa de Empresas Petrolíferas (Apetro) afirmou à Lusa que repor a situação existente antes do início da greve pode demorar até cinco dias, mas a partir desta tarde deverá retomar-se a normalidade dos abastecimentos.
“Acreditamos que [regularizar] tudo, portanto uma situação igual à existente antes do início da greve, poderá demorar até cerca de cinco dias, mas grande parte das situações estarão regularizadas antes disso”, disse à Lusa António Comprido, da Associação Portuguesa de Empresas Petrolíferas (Apetro).
O responsável adiantou que “a partir de amanhã [sexta-feira] já deverá haver uma situação normal em muitos casos, mas a totalidade só depois do fim de semana”.
E “admitindo que se vai trabalhar – e temos indicação que isso vai acontecer – durante o fim de semana”, salientou.
Lusa