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Escondia 900 mil euros em barras de ouro e dinheiro num jacuzzi

Da operação ontem realizada, pela PJ e DCIAP, não há arguidos constituídos, “investigam-se factos suscetíveis de integrarem, designadamente o crime de branqueamento”, informa o DCIAP.

O Departamento Central de Investigação e Ação Penal, coadjuvado pela Polícia Judiciária, realizou buscas domiciliárias e não domiciliárias na zona de Leiria, ontem, quinta-feira, e apreendeu barras de ouro e notas do Banco Central Europeu, num valor que ronda os 900 mil euros.

A informação, divulgada em comunicado, refere ainda que “os referidos valores só foram encontrados graças à realização de buscas minuciosas, pois encontravam-se ocultos nas paredes e no vão de um jacuzzi”.

Segundo a revista Sábado, divulgou ontem, a habitação onde decorreram as buscas é de João Calvete, um dos filhos do empresário António Calvete, presidente do grupo GPS, que detém vários colégios privados na região, um deles o Instituto D. João V, e está envolvido num caso de alegada prática de crimes de corrupção ativa, peculato, falsificação de documentos, burla qualificada e abuso de confiança, relacionado com a gestão dos estabelecimentos de ensino.

Da operação ontem realizada, não há arguidos constituídos, “investigam-se factos suscetíveis de integrarem, designadamente o crime de branqueamento” e em causa estão “indícios de que um dos suspeitos, arguido num outro processo e em data próxima da acusação nesse mesmo inquérito, deu início a um processo de conversão de dinheiro em ouro”, refere o comunicado do DCIAP.

Também em comunicado, João Calvete confirma que, “face às notícias que vêm sendo publicadas nos órgãos de comunicação social, que contêm informações incorretas e caluniosas” a seu respeito, foi alvo de “diversas buscas”, no domicílio profissional, no domicílio fiscal e numa outra residência onde vive.

Como resultado dessas buscas, indica o empresário, administrador de diversas sociedades do Grupo GPS, foi aprendido dinheiro no valor de 2.620 euros em numerário, assim como um bloco de apontamentos.

A revista Sábado acrescenta ainda que a operação foi várias várias vezes adiada pela Polícia Judiciária (PJ) e sob pressão do Ministério Público (MP), acabando por avançar no dia de ontem. “O MP e a PJ iam à procura de um cofre que estava numa habitação de um suspeito e não o encontraram, mas acabaram por descobrir cerca de um milhão de euros em barras de ouro escondidas junto ao vão de uma banheira de hidromassagem”, dá conta a Sábado.

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