Se analisarmos os assuntos principais que fazem títulos nos jornais e tvs verificaremos que se relacionam com despesa pública. O SNS é o vencedor destacado, até parecendo que o nosso principal problema é a saúde.
E não é, infelizmente, os objetivos estratégicos do país perdem-se na gritaria do quotidiano sobre reivindicações de corporações dependentes do Estado sempre estimuladas pelos órfãos do marxismo-leninismo claramente alinhados com experiências anteriores de totalitarismos que deram no que é bem conhecido.
Em Lisboa, Porto e Algarve, se chamarem um uber, forem a um café ou restaurante, a um cabeleireiro, entre outros, a hipótese de serem atendidos por um estrangeiro é elevadíssima. Porquê? Não há portugueses. Este é o nosso principal problema a par de uma economia débil, uma dívida excessiva e um ambiente político sempre mais propenso à despesa do que à receita.
O diálogo social e político devia passar a assentar na preocupação da geração de receita, única forma saudável de sustentar mais despesa pois os impostos excessivos estão a fazer-nos definhar cada vez mais. Sem investimento produtivo estamos condenados a mais do mesmo e as sereias dos socialismos radicais podem ser muito sedutoras, mas nunca nos trarão prosperidade.
O desenvolvimento económico exige uma política de portas francamente abertas à imigração uma vez que sem novas populações vindas do exterior, nem o país sobrevive, nem haverá condições para manter a Segurança Social e as pensões. Desenvolver a economia e aumentar a população, designadamente, com profissionais das diferentes áreas por forma a corresponder às necessidades daquela são os dois maiores objetivos estratégicos do país. Mais despesa pública é mais pobreza.
Pouco importam os detalhes e as tricas político-partidárias, ou nos concentramos no essencial ou continuaremos a ser o país dos “melhores do mundo”, mas que não sai do crescimento anémico, incapaz de gerar mais riqueza e bem-estar para todos.
(Artigo publicado na edição de 4 de julho de 2019)