Os banhos de mar voltaram hoje a ser permitidos na praia de S. Martinho do Porto, em Alcobaça.
A informação foi divulgada pela Autoridade Marítima Nacional (AMN), na sequência de uma vistoria realizada durante a manhã em que não foram detetadas caravelas-portuguesas.
A praia do concelho de Alcobaça estava com proibição de banhos desde terça-feira, devido à presença de caravelas-portuguesas na água, o que determinou o levantamento da proibição de banhos, com a bandeira vermelha içada, “por precaução”.
De acordo com a AMN, foram esta manhã “efetuadas buscas, tanto por terra como por mar, não sendo detetados quaisquer exemplares de caravela-portuguesa”.
O capitão do Porto da Nazaré, Paulo Gomes Agostinho, determinou, às 10 horas de hoje, que fosse “hasteada a bandeira amarela” e indicou ainda “um reforço de atenção, por parte dos nadadores-salvadores para, em caso de algum avistamento [de caravela-portuguesa], reportarem imediatamente”.
Na terça-feira, um banhista sofreu queimaduras numa mão resultantes do contacto com o animal e foi transportado para o Hospital das Caldas da Rainha.
Até ao final de quarta-feira “foram detetados e recolhidos sete espécimes”, divulgou a AMN.
A Capitania do Porto da Nazaré deixa ainda o alerta aos banhistas para, em caso de avistamento, “avisarem as autoridades e evitarem qualquer contacto” com aquele organismo.
Em caso de contacto acidental os banhistas não deverão coçar a zona atingida; usar água doce, álcool ou amónia; ou colocar ligaduras.
O procedimento indicado pelas autoridades sugere lavar a área atingida com soro fisiológico e retirar “com cuidado os tentáculos (caso tenham ficado agarrados à pele), utilizando luvas, uma pinça de plástico e soro fisiológico”.
Sugerem ainda a aplicação de pomada própria para queimaduras e o rápido recurso a assistência médica.
Os sintomas da picada da caravela-portuguesa são dor forte e sensação de queimadura, irritação, vermelhidão, inchaço e comichão, sendo que algumas pessoas, especialmente sensíveis às picadas e venenos das caravelas portuguesas, podem ter reações alérgicas graves.
A caravela-portuguesa tem o nome científico de “Physalia physalis” e vive na superfície do mar graças ao seu flutuador cilíndrico, azul-arroxeado, cheio de gás.
Os seus tentáculos podem atingir 30 metros e o seu veneno é considerado muito perigoso.