Sessão de perguntas e respostas decorreu na Praça Rodrigues Lobo, em Leiria Foto: Joaquim Dâmaso
A possibilidade de, para além dos pais, também os avós poderem usufruir da licença de parentalidade, é uma das receitas deixadas pela líder do CDS-PP, Assunção Cristas, numa sessão de perguntas e respostas que decorreu ao final da tarde desta quinta-feira, em Leiria.
Raquel Abecassis, cabeça-de-lista dos centristas por Leiria, apresentou a líder do CDS que, em plena Praça Rodrigues Lobo, respondeu às questões colocadas por eleitores na assistência. À medida que a tarde terminava e o fresco da noite outonal abraçava a meia centena de pessoas presentes, Assunção Cristas desfiava as propostas do partido para os problemas levantados.
Questionada por uma lisboeta a viver em Vila Cã, Pombal, que se debate com o problema dos custos da educação de filhos pequenos, a líder centrista defendeu a necessidade de contratualizar com o sector social e privado, as vagas em falta nas creches. “A nossa solução é mais fácil e mais barata”, defendeu.
Assunção Cristas, que nas últimas eleições foi eleita deputado à Assembleia da República pelo círculo eleitoral de Leiria, aproveitou ainda para dar conta de uma proposta para incentivar a natalidade e melhorar a qualidade de vida das famílias: uma licença parental que possa chegar a um ano de duração. “Defendemos que a licença possa ir até um ano de duração, podendo, por decisão da família, ser gozada pela mãe, pelo pai e, a partir de determinada altura, pelos avós”, referiu.
Com a sessão intitulada “Liberdade de Escolha para todas as Gerações”, também a situação das escolas com contratos de associação foi abordada. O CDS, explicou Assunção Cristas, propõe continuar “a apoiar as escolas com contrato de associação porque prestam um serviço público”.
E frisou que os pais devem poder escolher a escola dos filhos “para além do que é a sua área de residência”. Um regime fiscal mais favorável para famílias com filhos estudantes empregados em part-time, a descida da sobretaxa nos combustíveis e a desburocratização do sistema de acesso a fundos comunitários, foram outros temas abordados.
A intervenção de Assunção Cristas terminou com a resposta colocada por um apoiante, referente ao caso de Tancos. “O caso de Tancos é uma serie da netflix que já vai na terceira serie”, ironizou a líder centrista. Cristas refere que o tempo “deu razão ao CDS”, pois “se não fosse o CDS, não teria havido comissão parlamentar de inquérito” a este caso.
“É preciso que o primeiro-ministro venha à liça e se explique” sobre o caso. É que, defende Assunção Cristas, “não é crível que primeiro-ministro possa ter estado alheado de tudo e continue calado”, adiantou em resposta à pergunta proveniente da plateia.
A sessão terminou com a intervenção de José Ribeiro e Castro, antigo líder do partido, que afirmou que se votasse em Leiria, não teria dúvidas e eleger Raquel Abecassis como sua candidata.
Carlos S. Almeida
Jornalista
carlos.almeida@regiaodeleiria.pt