Os vereadores do PSD na Câmara de Leiria defendem a gratuitidade dos transportes públicos por uma maior sustentabilidade do planeta.
Numa nota de imprensa hoje divulgada e assinada por Álvaro Madureira, Ana Silveira e Fernando Costa, os vereadores propõem que “o serviço Mobilis seja totalmente gratuito para os residentes no concelho de Leiria”.
Os vereadores referem que “os custos de operacionalização da rede Mobilis, em 2018, foram na ordem dos 1,2 milhões de euros e a receita de bilheteira de 855.000 euros”.
“Do ponto de vista económico, o financiamento desta medida estará assegurado com a receita do Imposto Único de Circulação”, que foi de 3.851.633.77 euros no ano passado, “bem como das receitas de publicidade nos veículos e do estacionamento pago, na ordem dos 450.000 euros”, acrescentam.
Segundo os autarcas, é “cada vez mais frequente a criação de filas de trânsito no centro da cidade, junto a escolas/serviços públicos ou mesmo nas principais artérias sem ser em picos de horas de maior afluência de tráfego de automóveis”.
“Uma das razões para que isso aconteça tem a ver com o facto da atual rede de transportes e a política de mobilidade seguida por este município estar obsoleta face à procura e exigências da população”, constatam.
Os autarcas entendem que é “expectável o aumento progressivo do número de passageiros na rede Mobilis”, como se tem vindo a verificar nos últimos anos: 613.174 (2016), 967.105 (2017) e 1.033.260 (2018).
“Não basta só a gratuitidade do serviço de transportes públicos para incentivar a não utilização do transporte individual, mas é preciso também oferecer serviços de qualidade”, destacam.
Para tal, defendem que “deve haver o reforço do serviço através do aumento de veículos afetos à rede, com um limite máximo de idade de 10 anos, e da reestruturação das linhas com o aumento da frequência de passagens, do número de paragens e quilómetros de rede”, acrescentam.
Os vereadores consideram ainda que devem ser criadas condições para que haja a indicação dos tempos de espera, em tempo real, seja nas paragens e em apps.
Tendo em conta as preocupações com o ambiente e “atendendo que por ano os atuais 16 autocarros afetos ao serviço Mobilis percorrem cerca de 697.000 quilómetros”, os sociais-democratas sugerem que a frota “não seja movida a combustíveis fósseis, afetando-se, por exemplo, entre outros, veículos elétricos/hidrogénio”.
O município “deve alterar também a política de estacionamento na cidade, criando parques de estacionamento na periferia da malha urbana servidos por uma rede de transportes eficiente, de qualidade e interligada com outros meios de transporte”.
Desta forma, permitiria aos munícipes deixar os seus automóveis nestes parques de estacionamento e “com conforto usufruir de uma rede de transportes gratuita, de qualidade e amiga do ambiente, dissuadindo desta formo o uso individual de automóveis”.
Lusa