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Castanheira de Pera entre os 24 concelhos do país com menos de três agências bancárias

Castanheira de Pera tinha apenas duas agências bancárias no final de 2018. Já em Figueiró dos Vinhos e em Pedrógão Grande, existem apenas três.

Os bancos têm justificado a redução do número de balcões com a  necessidade de cortar custos, o desenvolvimento da digitalização e o menor recurso dos clientes às agências bancárias. A medida tem afetado particularmente as regiões do interior, como sucede no norte do distrito

Castanheira de Pera é um dos 22 concelhos do país com apenas duas agências bancárias no final de 2018. Já em Figueiró dos Vinhos e em Pedrógão Grande, existem apenas três.

De acordo com os dados que constam das séries longas do setor bancário (1990-2018), divulgadas esta terça-feira, no final de 2018, não existiam concelhos sem agências bancárias. Contudo, existiam dois municípios com apenas uma agência, Vila Velha de Ródão (distrito de Castelo Branco) e Vila Nova da Barquinha (Santarém).

Já concelhos com apenas duas agências bancárias são 22, situados sobretudo em regiões do interior de Portugal continental e nos Açores, sendo esses Castanheira de Pera (no distrito de Leiria), Almodôvar, Barrancos, Cuba, Freixo de Espada à Cinta, Vila de Rei, Góis, Penela, Mourão, Fornos de Algodres, Manteigas, Alter do Chão, Arronches, Castelo de Vide, Nisa, Chamusca, Constância, Golegã, Sardoal, Corvo, Lajes das Flores e Santa Cruz das Flores.

Além de Figueiró dos Vinhos e de Pedrógão Grande, há ainda 47 concelhos que, no final de 2018, tinham apenas três balcões. Esses municípios são Alvito, Ferreira do Alentejo, Mértola, Ourique, Vidigueira, Terras de Bouro, Carrazeda de Ansiães, Vila Flor, Penamacor, Miranda do Corvo, Pampilhosa da Serra, Vila Nova de Poiares, Alandroal, Portel, Alcoutim, Castro Marim, Monchique, Vila do Bispo, Celorico da Beira, Meda, Crato, Fronteira, Gavião, Marvão, Monforte, Alpiarça, Ferreira do Zêzere, Paredes de Coura, Boticas, Mesão Frio, Murça, Sabrosa, Santa Marta de Penaguião, Armamar, Penalva do Castelo, Penedono, São João da Pesqueira, Sernancelhe, Tarouca, Vila Nova de Paiva, Calheta S. Jorge, Vila do Porto, Ponta do Sol, Porto Moniz, Porto Santo, Santa Cruz, Santana.

Em sentido oposto, os concelhos com mais agências bancárias são Lisboa (392), Porto (171) e Sintra (95), acompanhando a dimensão da população e o tecido económico.

O ‘top 10’ dos concelhos com mais balcões é ainda composto por Cascais (74), Oeiras (65), Braga (65), Coimbra (62), Loures (58), Matosinhos (55), Almada (54).

Os bancos têm vindo a reduzir a sua estrutura nos últimos anos, incluindo com o fecho de balcões, justificando com a necessidade de cortar custos, o desenvolvimento da digitalização e o menor recurso dos clientes às agências bancárias.

Nos últimos anos foi polémico o fecho de balcões sobretudo pelo banco público, a Caixa Geral de Depósitos (CGD), motivando protestos das populações e de autarcas, nomeadamente no distrito de Leiria, como sucedeu nos últimos três anos em Maceira, Caranguejeira e Pousos (concelho de Leiria), Louriçal (concelho de Pombal) e Atouguia da Baleia (concelho de Peniche).

Segundo os dados do Banco de Portugal, na última década (2008-2018), foram cerca de duas mil as agências que encerraram.

De acordo com a informação, o número de balcões bancários no território nacional mais do que duplicou na década de 90, passando de menos de 2.000 em 1990 para um valor em torno dos 5.300 em 2000.

Depois de alguma estabilização nos primeiros cinco anos do novo milénio, verificou-se um novo aumento nos anos seguintes, atingindo-se um valor máximo perto de 6.500 em 2010.

Desde então, e em especial a partir de 2013, o número de balcões registou uma grande diminuição, situando-se em 4.054 no final de 2018.

Já em termos relativos face à população, em 2018, o número de agências por milhão de habitantes cifrava-se em 405 em Portugal, acima dos 395 da média da zona euro, segundo o Banco de Portugal.

Lusa/MR

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