O centenário da morte de Jacinta Marto, vidente da Cova da Iria canonizada pelo Papa Francisco em 2017, vai marcar o programa do novo ano pastoral do Santuário de Fátima, que se inicia no sábado, anunciou hoje o reitor.
O padre Carlos Cabecinhas disse que, além do centenário da morte de Jacinta Marto, também os centenários da imagem de Nossa Senhora de Fátima, venerada na Capelinha das Aparições, e do início do ministério episcopal de José Alves Correia da Silva, na diocese de Leiria, serão assinalados em 2020.
“D. José Alves Correia da Silva foi o grande Bispo de Fátima”, pelo papel que desempenhou no reconhecimento oficial, por parte da Igreja, das aparições de 1917, e no desenvolvimento do Santuário, justificou Carlos Cabecinhas, adiantando, no entanto, que, “para os peregrinos (…), o centenário da imagem de Nossa Senhora de Fátima é especialmente relevante, pois aquela imagem tornou-se não só o grande símbolo de Fátima, mas também um dos mais conhecidos ícones de Nossa Senhora no mundo católico”.
Quanto ao centenário da morte de Santa Jacinta Marto, ocorrida no dia 20 de fevereiro de 1920, vai ter uma atenção especial, segundo o reitor do Santuário.
“Nos santos Francisco (cujo centenário da morte se assinalou este ano) e Jacinta (…) os peregrinos são desafiados (…) a viverem a santidade nas suas vidas. (…) Os peregrinos são convidados a descobrir Fátima como ‘escola de santidade’”, disse Carlos Cabecinhas.
Na ocasião, o cardeal António Marto, bispo de Leiria-Fátima, alertou que “falar de santidade hoje não goza de grande fama ou grande audiência” e exortou à valorização da “santidade dos pequenos gestos que não dão nas vistas”.
Segundo António Marto, é necessário dar “valor à vida invisível, à vida que não dá nas vistas”, a exemplo da vida dos videntes de Fátima.
A apresentação do programa de atividades do Santuário de Fátima para o novo ano pastoral – que contou também com uma intervenção do padre João Aguiar, da Arquidiocese de Braga, que sublinhou que “Fátima é interioridade” e “uma escola que tem Maria como professora da centralidade de Deus” – foi antecedida da inauguração da exposição “Vestida de Branco”, comemorativa do centenário da primeira escultura de Nossa Senhora de Fátima.
O novo ano pastoral, cujo tema é “Tempo de graça e misericórdia: dar graças por viver em Deus”, vai ter no programa, entre outros eventos, um Simpósio Teológico-Pastoral, umas jornadas sobre as crianças o luto e a morte, umas jornadas de comunicação social e um ciclo de “Encontros na Basílica”, com momentos de reflexão e musicais.
Lusa