Cerca de 65 por cento dos candidatos aos cursos do Instituto Politécnico de Leiria (IPL) são do sexo feminino.
As mulheres dominam entre os 8.589 candidatos aos cursos do IPL e os 1.730 colocados, naquela que foi a 1ª fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior.
Segundo dados do IPL, 5.548 candidatos (precisamente 64,6%) são do sexo feminino contra 3.041 proponentes do sexo masculino (35,4%). Ficaram, por outro lado, colocados 1.098 mulheres e 632 homens.
A predominância do sexo feminino no ensino superior “é uma evidência” e tem vindo “a acentuar-se nos últimos anos”, revela José Manuel Silva, doutorado em Ciências da Educação.
Segundo o especialista, as mulheres são por norma mais aplicadas pelo que obtêm melhores resultados. Assim sendo, explica José Manuel Silva, as mulheres ultrapassam os homens em qualquer área onde as admissões tenham as notas académicas como critério preferencial.
Só para mulheres? Os dados divulgados pelo IPL revelam ainda que existem cursos apenas frequentados por mulheres e outros por homens. No último ano lectivo, três licenciaturas na área da Educação, dois mestrados em Teatro e a especialização em Enfermagem de Saúde Materna e Obstetrícia estiveram “vedadas” ao sexo masculino. Enquanto as licenciaturas em Ensino Básico – variante de Educação Musical e Engenharia de Redes de Comunicação e quatro mestrados na área das engenharias não receberam qualquer aluna.
A feminização e masculinização de certos cursos deve-se, segundo José Manuel Silva, a “padrões culturais que permanecem” e à vocação de um ou outro sexo para determinadas áreas.
Martine Raínho
martine.rainho@regiaodeleiria.pt