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Arquiteto de Leiria conquista prémio internacional na China

Luís Marques, que cresceu em Leiria, venceu concurso internacional de arquitetura com uma torre de 180 metros de altura para a província de Hunan, na China.

“Sempre me destaquei por gostar da curva, em detrimento da reta”, é assim que se descreve Luís Marques, arquiteto. Prova disso é o último projeto que liderou num atelier em Shanghai, na China. O resultado final foi vencedor de um concurso internacional de arquitetura e ganhará forma no final do ano.

O desafio consistia na construção de uma torre ícone para a província de Hunan, em Xiangjiang, semelhante ao conhecido Arco do Triunfo, em França. Para o arquiteto de 34 anos, conhecer a história do local foi essencial: “estudei a história da província chinesa e percebi que tem o ganso como animal ícone. E foi uma das primeiras zonas da China onde foi descoberto o fogo”, conta ao REGIÃO DE LEIRIA. O desenho do edifício, da autoria de Luís Marques, representa os dois elementos e ainda o rio, uma vez que a construção estará numa zona de cruzamento entre dois cursos de água.

“A torre são dois gansos que se apoiam um no outro e fazem um pórtico para a nova cidade que está a ser construída por detrás do edifício”, explica. Um dos animais olha para a cidade antiga, em sinal de homenagem, e o outro olha para o futuro, avança o arquiteto. À noite, a iluminação da fachada do edifício dá a ilusão de ali existir uma chama.

O primeiro lugar no concurso internacional vale ao atelier RMJM Shanghai a construção do edifício já no final deste ano. Com 180 metros de altura, o imóvel terá uma zona comercial, espaço de exposição, museu e espaço cultural, restaurante e ainda um café panorâmico.

Luís Marques cresceu na cidade de Leiria e este prémio é a “sensação de que todos os sonhos se podem tornar realidade”. Há 8 anos que saiu de Portugal e passou pelo Japão, Inglaterra, Singapura, Dubai e Taiwan antes de se fixar em Shanghai, há dois anos. “A minha ideia sempre foi fazer carreira internacional antes de regressar”, afirma.

Voltar a Portugal não é para já, mas quando o fizer será para abrir um atelier de arquitetura. Hoje, deixa uma mensagem aos de cá: “quero dizer aos jovens arquitetos portugueses que tudo é possível se nós batalharmos”.

Joana Magalhães
Jornalista
joana.i.magalhães@regiaodeleiria.pt

Luís Marques

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