A tragédia que ontem vitimou três pessoas, duas delas naturais do concelho de Leiria, está a gerar uma onda de manifestações de pesar às famílias das vítimas. As reações chegam de Portugal mas também do Brasil, onde o empresário Rui Cordeiro tinha empresas.
Rui Duarte Cordeiro, empresário de 50 anos, detentor das empresas Captágua, Tubofuro e do hotel Lisotel, localizadas em Ortigosa, Leiria, era natural da freguesia de Amor, concelho de Leiria, e detinha ainda negócios na Chamusca (Santarém) onde aconteceu o acidente, e no Brasil. Era casado com uma cidadã brasileira, da cidade de Registro, onde desenvolvia os seus negócios.
Ontem, o empresário estava na Herdade da Galega, um empreendimento turístico na Chamusca, acompanhado por dois filhos, de 30 e 20 anos, todos envolvidos no acidente.
Gonçalo Pereira Duarte, o filho mais velho, que vive no Brasil, encontrava-se de férias em Portugal. Tinha negócios, com o pai, em Vale do Ribeira, cidade de Registro, no estado de São Paulo, no Brasil. Os dois representavam o Grupo Poçagua Poços Artesianos e a empresa Palmito da Fazenda, que já manifestou publicamente pesar pela morte dos dois empresários e informou que a atividade da empresa estará encerrada este domingo .
Do acidente resultou uma terceira vítima mortal, um funcionário da herdade, e um ferido grave, o filho mais novo de Rui Cordeiro que foi transportado para o hospital de Santarém.
O caso está entregue à Polícia Judiciária que deverá investigar as causas do acidente. Os corpos foram retirados do fundo da fossa, um reservatório com seis metros de profundidade e dois de diâmetro. Segundo a TVI24, “foi necessário esvaziar toda a fossa e celar as que ali iam escoar para retirar os cadáveres”.
Vera Braga, rosto da Associação Amigos por Perto, recordou, na sua página de Facebook, que o empresário “cedeu ao Grupo de Voluntários”, que se juntou para reunir apoios para a população afectada pelo incêndio que devastou o Pinhal de Leiria, um pavilhão na antiga fábrica Dâmaso, em Vieira de Leiria. Entre 18 de novembro de 2017 e maio de 2018, o grupo utilizou o pavilhão “sem qualquer custo, com luz e água em prol do próximo, da população e das vítimas dos incêndios”.
Ainda não foram divulgadas informações sobre as cerimónias fúnebres.
MG
Rui Cordeiro, ao centro Foto: AP
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