A TAIL – Tuna Académica do ISLA Leiria organiza sábado, 30 de Janeiro, o I Festival Saca Rolhas, que junta cinco tunas mistas convidadas. O símbolo da tuna e a música de Herman José servem de inspiração.
O evento tem início às 15 horas na Federação Académica de Leiria (Antigo Magistério Primário), onde cada tuna irá executar a serenata num ambiente solene.
Mais tarde, às 21h30, o festival prossegue no Auditório do Orfeão de Leiria. Os bilhetes custam 3 euros para não estudantes, 2,5 euros para estudantes.
Em entrevista, Verónica Almeida, presidente da TAIL, fala sobre a primeira edição do Festival Saca Rolhas.
Porquê o saca-rolhas no título do vosso festival?
Nós temos como símbolo o saca-rolhas, um utensílio que ajuda a tirar algo que custa muito a sair. E com a TAIL passou-se mais ou menos o mesmo: a tuna já existia há uns anos, acabou e houve muitas tentativas de reiniciar a TAIL, mas foi difícil. Como um festival também é algo difícil de fazer, achámos bem adoptar o saca-rolhas para o título do festival.
E como é que Herman José entra neste festival?
Fomos à procura de uma música que tivesse a ver com saca-rolhas. E encontrámos “Saca o saca-rolhas”. Até usamos parte do refrão da música no nosso grito académico da tuna. Agora convidámos as cinco tunas participantes a interpretarem uma versão de “Saca o saca-rolhas”. É um desafio, porque não tem muito a ver com o estilo musical das tunas, mas acreditamos que vai haver bons resultados. Vamos repetir o festival, provavelmente sem a música do Herman José, para não ser repetitivo.
Como reagiu a academia ao vosso festival?
Reagiu muito bem. É um sinal de vitalidade da academia. Em Leiria as tunas não são rivais, mas críticas, fazendo críticas construtivas umas às outras.
Que tunas convidaram?
São cinco tunas que têm de alguma forma ligações connosco: Desconcertuna (Coimbra), Artuna (Porto, Viriatuna (Viseu), Estatuna (Abrantes) e K&Batuna (Coimbra). Todas consideraram esta proposta do “Saca o saca-rolhas” um desafio!
Como está a TAIL?
A tuna é maioritariamente constituída por ex-alunos do ISLA. É muito difícil juntarmo-nos. Fazer um festival é complicado, porque é preciso ir a reuniões, à câmara, ter disponibilidade… Também por isso, a TAIL não vai apresentar no festival uma versão do “Saca o saca-rolhas”. Não queríamos fazer uma música em cima do joelho.
Quantos elementos compõem actualmente a tuna?
Temos entre 20 a 25, sendo que temos oito alunos. A maioria são ex-alunos, que estiveram no relançamento da tuna há seis anos.
É difícil manter a tuna nesses moldes?
É, porque aceitar uma actuação neste momento tem de ser muito bem pensado. Há pessoas a trabalhar longe, ao fim-de-semana e é preciso contactar todos.
Porque há tão poucos alunos na TAIL?
É uma questão de idade e, agora, com o Processo de Bolonha, ainda é pior. Bolonha exige mais dos alunos e, além disso, com o M23 aumentou mais a faixa etária dos alunos e as pessoas estão mais concentradas no curso.
A escassez de alunos do ISLA pode comprometer o futuro da tuna?
Pode. Por enquanto estamos unidos, às vezes temos oscilações, mas temos funcionado e feito actuações. Fazemos casamentos, arraiais… e agora temos o festival no sábado!