Exclusivo. “Se for contaminado quero ser tratado e só depois regressar”
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Há outro português da região tripulante do Diamond Princess, atracado no Japão. É Daniel Silvério Mateus, residente em Alcobaça. Em entrevista ao REGIÃO DE LEIRIA tranquiliza as famílias dos oito portugueses a bordo, um dos quais infetado com o Coronavírus.
Há outro português da região tripulante do Diamond Princess, atracado no Japão. É Daniel Silvério Mateus, de 54 anos, residente em Alcobaça. É carpinteiro, casado e tem dois filhos, de 10 e 27 anos. Em entrevista ao REGIÃO DE LEIRIA tranquiliza as famílias dos oito portugueses a bordo, um dos quais infetado com o Coronavírus, e afirma que tudo está a ser feito pela sua saúde.
Como está Daniel?
Está tudo bem comigo. No navio está a ser cumprido o que foi estipulado. Tudo dentro da normalidade e serenidade possível numa situação como esta.
Está tudo a correr bem?
Está tudo a correr dentro da normalidade, tudo calmo. Há que dar tempo ao tempo e tudo se irá resolver.
Na minha maneira de ver, está a fazer-se o correto, embora compreenda a angústia do colega [Adriano Luís Maranhão, infetado com o Coronavírus] e o seu medo, mas julgo nada haver a temer.
A companhia, em consonância com o governo japonês, está a tratar de tudo dentro das possibilidades existentes. É preciso ter muita calma e serenidade
Pode andar à vontade no navio?
Posso circular por onde quero no navio. Claro que há zonas onde nos aconselharam a não ir para não estarmos tão expostos ao vírus, afinal ele não avisa onde está. As desinfeções são constantes, mas todo o cuidado é pouco. Passo atualmente grande parte do dia na cabina por minha livre vontade e prevalece o bom senso.
Acha que as autoridades estão a fazer o necessário?
Na minha maneira de ver, está-se a proceder como tem mesmo de ser feito, parece-me que a companhia não se tem poupado a esforços para nos proporcionar o que é devido. Isto tem de ser tratado, como é óbvio, por etapas.
Primeiro foram os passageiros, a nossa grande prioridade na empresa, afinal são eles quem nos garante o sustento. Agora é a nossa vez, visto que os passageiros já estão todos lá fora.
Claro que ficámos um pouco expostos, mas tínhamos de cuidar de nossos hóspedes da melhor maneira dentro dos limites que nos foram impostos. Não havia outro jeito. Foi feito o que devia ser feito, quanto a mim.
Mas tem algum receio?
Tenho receio, claro que temo por mim, e por todos os que estejam perto, se tiver a infelicidade de ser infetado. Não quero ir embora, pelo menos para já. Se for contaminado quero ser tratado aqui e somente ir para casa e para o meu país com a certeza de já nada ter. Quero ajudar no que for preciso aqui onde estou e somente regressar após ter a certeza que não transporto comigo o vírus.
Parece-me que se está a fazer um alarme indevidamente exagerado. Afinal consegue-se solução para combater o vírus, no caso de pessoas saudáveis da nossa idade e só vêm para a tripulação pessoas saudáveis.
Por isso nos são exigidos testes médicos tão complicados, que fazemos periodicamente, no máximo de dois em dois anos. Quem tiver a mínima coisa não passa e não pode ser tripulante. Somos pessoas saudáveis, não devemos temer. Acredito que tudo se irá resolver pelo melhor. Afinal faço parte duma grande família, que é esta empresa de barcos de cruzeiro.
Carlos FerreiraJornalistaredacao@regiaodeleiria.pt
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