Sabia que o IRS é o imposto mais odiado pelos portugueses? Sabia que depois dele vem o imposto automóvel, os IMIs das casas e o IVA?
Passamos a vida a reclamar que não aplicam os nossos impostos de uma forma criteriosa. Que se mandássemos isto não era assim não. Que não compravam aqueles carros ou pagavam isto e aquilo aos senhores deputados.
Sabia que ao imposto pelo qual nutrimos mais ódio (IRS) podemos desviar 0,5% para uma causa nobre e sentir que 0,5% pode ajudar uma instituição à nossa escolha? Apenas uma pequena percentagem tem essa atitude embora este comportamento tenha vindo a aumentar, sendo ano após ano maior a contribuição dos portugueses.
A maioria das pessoas desconhece que não gasta mais nada com este ato e que apenas desvia 0,5% para uma instituição com a qual se identifica em vez de ir para o estado. Não arranje desculpas para a sua preguiça, tipo estes tipos também não sei se são sérios. A lista de instituições é interminável e em alguma deve encontrar algo em que confie e se identifique. Se deixarmos que decidam por nós vamos deixar de ter voz, ter critério, ter vontade própria.
Se estiver em família pode ser um excelente tema para debater com os filhos, com os netos mesmo só com o casal. Sugiro que cada um de vós candidate uma instituição e tente convencer os outros a decidir por essa. Façam campanha, coloquem os jovens a argumentar e já ganharam mais uma batalha familiar. Necessitamos urgentemente de aumentar a consciência de cidadania nos jovens e nada melhor que ir à procura de opiniões. Podem estabelecer o debate entre instituições de solidariedade social, de cariz ambiental, de defesa de animais ou de apoio a pessoas.
Caso queiram uma sugestão aqui vai uma: a ONGD Atlas que atua em Leiria, Pombal e Marinha Grande e que apoia idosos e crianças com necessidades especiais e famílias carenciadas e que tem como alicerce o voluntariado. Basta colocar no anexo quadro 11 o número 508425913, que é o NIF da instituição. Não se esqueça desta oportunidade de melhorar a vida de algumas pessoas. Não deixe todas as decisões sobre o mundo para os outros.
(Artigo publicado na edição de 27 de fevereiro de 2020 do REGIÃO DE LEIRIA)