Vítor Jorge foi declarado imputável pelo Tribunal de Leiria e foi julgado
A noite de 1 para 2 de março ficará para sempre marcada pelo “massacre do Osso da Baleia” ou o caso “Mata Sete”.
Foi em 1987 que Vítor Jorge, bancário na Marinha Grande, assassinou sete pessoas, entre elas a mulher e uma filha. Os crimes aconteceram na praia do Osso da Baleia, no concelho de Pombal, e num pinhal na Marinha Grande. Foram premeditados, tendo o homicida confessado que “só tinha aquela ideia na cabeça: matar, matar, matar”.
O caso chocou o país e foi recentemente lembrado pelo presidente do Supremo Tribunal de Justiça, António Piçarra, por ocasião das celebrações dos 60 anos do Palácio da Justiça de Leiria, a 20 de fevereiro.
“Lembro-me desse processo em que participei como juiz e que terá sido um dos mais mediáticos da década de 80. Talvez não vos diga nada hoje, mas naquela altura fez parar o país com julgamentos e depois com a conotação do que hoje chamaríamos de um serial killer (assassino em série)”, disse o presidente do Supremo durante a cerimónia.
Vítor Jorge tinha então 39 anos quando cometeu os crimes. Apesar de haver quem defendesse a sua inimputabilidade, o bancário acabou por ser declarado imputável pelo Tribunal de Leiria. Foi julgado, condenado e cumpriu 14 anos de prisão em Coimbra.
Morreu a 29 de dezembro de 2018, na Córsega, onde residia. A sua morte, porém, é incapaz de fazer esquecer a história.
Carlos Ferreira, um dos jornalistas que, na altura, acompanhou o caso, escreveu um artigo no REGIÃO DE LEIRIA quando a morte de Vítor Jorge foi conhecida. Recordou o massacre e o medo que, na altura, se viveu nesta região.
Releia-o aqui.