A Câmara das Caldas da Rainha vai disponibilizar apoio a pessoas com mais de 65 anos, cabazes alimentares a famílias carenciadas e reforçar o apoio a instituições que forneçam alimentos aos mais carenciados, anunciou hoje a autarquia.
As pessoas com mais de 65 anos “em situação de vulnerabilidade ou isolamento e que não possam deslocar-se à rua”, podem a partir de hoje recorrer ao serviço de ação social da autarquia “para solicitar alimentos ou vão por eles ao supermercado ou à farmácia”, disse à agência Lusa a vereadora da ação social da autarquia do distrito de Leiria, Conceição Pereira.
A medida insere-se “no reforço dos apoios sociais” que a Câmara das Caldas da Rainha já iniciou com “a entrega de cabazes [alimentares] reforçados a instituições do concelho que habitualmente distribuem alimentos e outros bens a famílias mais vulneráveis”.
Entre elas, a Refood, que apoia no concelho cerca de 120 pessoas e que na quinta-feira recebeu “vários géneros alimentares para compensar os alimentos que deixaram de recolher nos estabelecimentos que se encontram encerrados”, devido à pandemia da Covid-19.
Nesse sentido, a câmara fez ainda uma entrega de alimentos à associação “De volta a casa”, que apoia com refeições cerca de 40 pessoas.
A câmara solicitou a todas as juntas de freguesia do concelho que “façam um levantamento dos idosos e famílias que necessitem de ser apoiadas”, bem como das instituições de solidariedade social que “atravessem dificuldades em manter a distribuição de refeições aos seus utentes”, quer “pelas dificuldades económicas quer pela insuficiência de trabalhadores, muitos dos quais têm que estar em casa com os filhos”, disse a vereadora.
O apoio aos idosos, em número ainda não quantificado, vai ser feito “com recurso ao voluntariado de trabalhadores da autarquia e de equipamentos como a biblioteca municipal”, atualmente em teletrabalho e que “se disponibilizaram para ajudar nas compras e entrega de refeições quentes”, acrescentou.
Conceição Pereira adiantou que a ação social da câmara “está a monitorizar as situações diariamente” e a “ajustar respostas sempre que necessário”, não havendo qualquer teto para as verbas a aplicar nas medidas sociais.
“A prioridade é garantir que ninguém passa sem os bens essenciais durante este período de dificuldades para muitas famílias, instituições e empresas”, concluiu.