Faleceu esta quinta-feira, 9, aos 84 anos, Nelson Lobo Rocha, após uma vida dedicada às artes. Funcionário da Fundação Calouste Gulbenkian, onde trabalhou durante 40 anos na área das bibliotecas itinerantes, radicou-se na cidade de Pombal onde foi um dos grandes responsáveis pelo Museu de Arte Popular Portuguesa. A este, doou cerca de três mil peças de artesanato de todas as regiões do país, um espólio que resultou de décadas de trabalho de pesquisa.
O entusiasta cultural teve uma relação muito próxima com os artesãos nacionais e a literatura local, razão pela qual organizou as primeiras edições da Feira de Artesanato e Feiras do Livro em Pombal. A ligação de Nelson Lobo Rocha com a terra seguiu ainda por meio da Confraria do Bodo, fundada em 2005 no âmbito da tradicional festa popular homónima e da qual era membro.
“Foi uma figura maior da cultura no nosso concelho”, refere a Câmara Municipal de Pombal, que decretou luto municipal nos dias 9 e 10 de abril como forma de homenagem.
“O Município de Pombal presta novamente o seu reconhecimento e agradecimento pelo trabalho realizado por Nelson Lobo Rocha na valorização da arte popular e no enriquecimento cultural do concelho, com um legado que procuraremos honrar e continuar”, diz ainda em comunicado.
O trabalho de Nelson Lobo Rocha foi reconhecido pelo Município em 2001, quando foi distinguido com a Medalha Municipal de Cultura, em bronze, e, depois em 2012, quando recebeu a Medalha de Mérito Cultural, grau ouro.
Até o fim do dia desta sexta-feira, 10, a bandeira de Pombal, erguida no edifício dos Paços do Concelho, estará a meia haste em memória de Nelson Lobo Rocha.