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Covid-19: Quando puder sair, Ricardo Esgaio quer “dar um passeio na praia” da Nazaré e “sentir o mar”

Atleta nazareno admite sentir falta de treinar no relvado e jogar, da competição, mas também dos colegas de equipa.

Os jogadores de futebol sentem ansiedade pela indefinição quanto ao regresso das competições, por causa da pandemia de covid-19, mas há condições para terminar a época, defendeu o lateral direito Ricardo Esgaio, do Sporting de Braga.

“Temos de ser positivos, não só para nós, no aspeto desportivo, mas para o país, que é o mais importante neste momento. Queremos voltar o mais rapidamente possível à normalidade. Sabemos que não é fácil, mas tendo os cuidados necessários, acho que vai ser possível acabar o campeonato. Mais cedo ou mais tarde, não tenho a mínima dúvida que o vamos acabar”, disse o jogador de 26 anos, natural da Nazaré.

A cumprir a terceira época nos bracarenses, Ricardo Esgaio admitiu, ontem, à comunicação social, por videoconferência, haver alguma perturbação emocional nos jogadores pela incerteza causada pela pandemia.

“Claro que há ansiedade, existe em todos os jogadores, estávamos habituados à competição, a treinar todos os dias e, de um momento para o outro, essa rotina foi-nos tirada, para o bem de todos. A nossa cabeça está sempre a pensar quando é que podemos voltar a treinar e à competição. Não falo só por mim, mas penso que por todos os jogadores” disse.

Num balanço à época até ao momento, Esgaio disse que tem sido “bastante positiva”.

“Fizemos uma grande campanha na Liga Europa, se calhar merecíamos passar, mas o futebol é assim mesmo, na Taça de Portugal perdemos com o Benfica, na Luz, por 2-1, ganhámos a Taça da Liga, um título importante para o clube e acabar em terceiro lugar [atual posição] é muito bom. Vamos fazer por acabar o campeonato na melhor posição possível”, disse.

Esta é a terceira temporada que o jogador nazareno veste as cores do Sp. Braga

Esgaio considerou ainda que a aposta de Rúben Amorim, então técnico do Sporting de Braga, num esquema de três centrais, permitindo uma maior projeção dos laterais, beneficiou as suas características.

“Penso que sim, deixou-me um jogador mais livre para atacar mais. Já com Abel Ferreira jogávamos praticamente no mesmo esquema e foi mais fácil implementar essas ideias. Saber que tenho três centrais atrás, fica mais fácil para mim, como para os outros laterais”, disse.

Esgaio frisou que, ainda que não sendo “a mesma coisa”, os vários planos de treino que os atletas cumprem em casa permitem manter alguma atividade física.

“Estávamos habituados a treinar todos os dias no campo, em espaços maiores, mas sempre dá para fazer alguma coisa. É importante para não estarmos completamente parados e para, quando regressarmos à competição, estarmos minimamente preparados”.

Ricardo Esgaio, futebolista do Sp. Braga

O jogador admitiu sentir falta de treinar no relvado e jogar, da competição, mas também dos colegas de equipa, porque “não é a mesma coisa” vê-los, por vezes, em videochamada.

O jogador abordou ainda o acordo entre SAD e plantel sobre a cativação de 50 por cento dos ordenados de abril, maio e junho, que serão devolvidos na totalidade em caso de as competições retomarem, ou apenas 25 por cento se não forem.

“Foi uma situação que resolvemos dentro do clube, da família, defende os interesses do clube e dos jogadores, toda gente está de parabéns em relação a isso”, disse.

Questionado sobre o que seria a primeira coisa que fazia se pudesse sair de casa sem restrições, o jogador nascido na Nazaré escolheu “dar um passeio na praia: sentir o mar”.

“Sempre fui habituado a isso desde pequeno na minha terra natal”, finalizou.

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