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Batalha

Mosteiro da Batalha preparado para reabertura “sem alterações muito significativas”

Diretor do monumento acredita que redução do número de turistas internacionais pode ser oportunidade para visitantes nacionais.

Os espaços amplos da igreja, claustros e Capelas Imperfeitas favorecem distanciamento entre visitantes, diz Joaquim Ruivo. Foto: Joaquim Dâmaso

O Mosteiro da Batalha reabre portas ao público na segunda-feira, dia 18, com obrigatoriedade de uso de máscaras pelos visitantes, mas “sem alterações muito significativas” de segurança impostas pela pandemia da covid-19, disse o diretor do monumento.

Segundo Joaquim Ruivo, o facto de o monumento Património da Humanidade da UNESCO ter sempre permitido aos turistas um percurso “muito linear e não cruzado” apresenta-se agora “em seu benefício”, pelo que as limitações ao circuito habitual de visita “não serão muito significativas”.

O diretor realçou à agência Lusa que os espaços utilizados pelos visitantes são, sobretudo, “abertos e amplos”, como na igreja, nos claustros e nas Capelas Imperfeitas. “Isso favorece a medida de distanciamento entre visitantes”.

As principais alterações vão surgir nos espaços mais exíguos, como a Capela do Fundador, “onde só poderão permanecer 13 visitantes ao mesmo tempo”, ou a Sala do Capítulo.

“Chegavam a estar mais de cem visitantes a presenciar o render da guarda de honra ao túmulo do Soldado Desconhecido” – que só voltará acontecer a partir de 1 de junho – “e, agora, só poderão permanecer 15 pessoas”. Nas Capelas Imperfeitas, a lotação estará limitada a 30 visitantes, na loja a quatro e o Museu da Liga dos Combatentes a 11.

Limitações como estas ou as relativas ao uso obrigatório de máscara pelos visitantes e ao distanciamento social mínimo de dois metros no acesso à bilheteira serão “devidamente assinaladas”, sendo que também haverá um tempo máximo de visita recomendado, “entre 45 minutos a uma hora”, para evitar aglomerações.

“Esta pandemia exige de todos nós uma grande responsabilidade. Dos visitantes – porque nada substitui a responsabilidade individual e o civismo – e de todos os funcionários do serviço”, sublinha o diretor.

O Mosteiro da Batalha funcionará, no restante, sem redução ou limitação do número de funcionários ou escalas de serviço. Suspenso para já continua o serviço educativo, que inclui visitas encenadas ao museu, e as excursões das escolas. De volta à igreja estará o culto religioso.

O diretor do terceiro monumento mais visitado do país, dos que estão sob alçada da Direção Geral do Património Cultural, acredita que as limitações criadas são “relativas”, porque não é expectável uma afluência comparável à anterior à pandemia de covid-19.

“Os circuitos turísticos internacionais estão paralisados e o afluxo de visitantes será muito menor”, frisa Joaquim Ruivo.

Este será, por isso, um momento para incentivar o turismo nacional, sobretudo aos fins de semana, porque a população está “saturada de um confinamento demorado”.

“Quem sabe esta é uma boa oportunidade dos visitantes nacionais irem aos seus monumentos e museus, dando razão ao princípio de que uma crise é também uma oportunidade”.

Em todo o caso, está comprometida a afluência elevada que o Mosteiro da Batalha tem conhecidos nos últimos anos.

“Todas estas ‘imposições’ são novas e se elas tiverem que permanecer por muito mais tempo, não será possível acolher quase meio milhão de visitantes como até aqui”, conclui.

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