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Leiria

A avaliação do primeiro ano de mandato de Gonçalo Lopes feita por deputados municipais

Manuel Azenha, Fábio Seguro Joaquim, António Luís Santos e Daniela Sousa fazem a avaliação ao primeiro ano de mandato de Gonçalo Lopes à frente da Câmara de Leiria

Como avaliam os partidos com representação na Assembleia Municipal de Leiria, a prestação de Gonçalo Lopes após o seu primeiro à frente dos destinos do município?

O REGIÃO DE LEIRIA lançou o repto aos representantes das diversas forças políticas.

Confira na nossa edição semanal o balanço dos primeiros 365 dias da liderança do atual presidente da Câmara de Leiria.

Deixamos aqui apenas um pequeno excerto da opinião dos deputados.

Manuel Azenha, Bloco de Esquerda: “Um ano em duas fases distintas”

Para o BE, o primeiro ano de exercício do Dr. Gonçalo Lopes à frente da Câmara foi marcado por duas fases distintas. A primeira foi dominada pela necessidade de afirmação pessoal, em virtude da renúncia inesperada do Dr. Raul Castro, tentando mostrar uma linha de continuidade face às políticas do seu antecessor, com grande insistência na retórica das contas certas. Contudo e em simultâneo, mostrou o seu cunho pessoal, como foi o caso do abandono do projeto do pavilhão multiusos.

A segunda fase foi marcada, naturalmente, pelo surgimento da pandemia e consequentemente pelas medidas que a Câmara adotou para a sua contenção. Nesta fase, o Município tomou medidas importantes e até corajosas, mas, infelizmente, ficou manchada pelo tom de pré-campanha eleitoral que o Dr. Gonçalo Lopes colocou em todas as ações em que participou, chegando a andar pela cidade com vereadores e presidentes de junta a distribuir máscaras, só faltando a bandeira e caneta para distribuir.

Fábio Seguro Joaquim, CDS-PP: “Leiria pode mais”

O Município de Leiria necessita de criar condições para que Leiria possa fixar novos residentes, novas empresas, mais massa crítica e, em suma, melhores empregos e qualidade de vida para todos.

Infelizmente no último ano não se tem observado a tentativa de abordar os problemas concretos, e complexos, tais como a perda de habitantes ou o envelhecimento da população. Tais problemáticas devem receber uma resposta estrategicamente delineada. Assim, será necessário ter a capacidade de canalizar os recursos existentes para políticas de longo prazo, criando sinergias, multiplicando, em detrimento de opções políticas que apenas procuram esbanjar dinheiro do erário público em nome de egos pessoais de determinados dirigentes ou repetitivas clientelas políticas.

Se é verdade que o executivo municipal é conhecido como um agenciador de eventos, é necessário mudar o foco para o que de diferente existe, naquilo que possa ser um fator distintivo no panorama nacional.

António Luís Santos, PCP: “Propaganda e falta de obra”

A rede de esgotos está por concluir, a renovação da rede de água não avança, a Bacia do Lis continua poluída. Sem Termas, a economia de Monte Real degrada-se. A zona industrial de Monte Redondo não sai do papel. A requalificação urbana da Maceira e de vastas áreas da cidade (freguesias de Marrazes, Parceiros e Pousos) é uma ilusão, o planeamento e ordenamento são malquistos, freguesias do interior perdem população.

Grandes projetos estratégicos estão por fazer e sobre eles repousa o manto do silêncio, como é o caso da Linha do Oeste e da ETES.

Mantêm-se as vastas operações de propaganda como meio para ocultar a falta de obra, delapidando recursos avultados. Neste modus operandi a pandemia é um pretexto azado, como mostra a operação irresponsável e eivada de ilegitimidades em torno de uma pretensa autoridade municipal anti-Covid-19, a qual, exacerbando a situação sanitária, está a ser prejudicial para o turismo em Leiria.

Daniela Sousa, PAN: “Há sempre mais a fazer”

O primeiro ano do Dr. Gonçalo Lopes mostrou que, concorde-se mais ou menos com as políticas e com as medidas tomadas, estava preparado para o cargo que assumiu.

O PAN destaca o bom desempenho do presidente na liderança durante todo esse período [Covid-19] e o esforço que tem sido feito para o acompanhamento da população.

Durante o restante ano de mandato, e de forma negativa, o PAN destaca o facto de em termos de política de bem-estar animal continuar tudo exatamente na mesma como antes de assumir o cargo.

Concretizou-se a compra do espaço onde um dia, não se sabe quando, virá a ser construído o novo canil municipal, mas em termos práticos, no dia-a-dia dos animais pouco ou nada mudou. O mesmo diremos em termos ambientais, onde existem alguns projetos que não saíram da gaveta das boas intenções e que ansiamos para que se concretizem.

Leia as avaliações na íntegra na edição de 20 de agosto de 2020.

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