A banda metal de maior projecção nacional actua em Leiria (Teatro José Lúcio da Silva, 2 de Dezembro) e Caldas da Rainha (Centro Cultural e Congressos Caldas da Rainha, dia 4). Fernando Ribeiro explica “Sombra”, a aventura acústica dos Moonspell com coro feminino, violoncelistas e tudo.
Como nasceu a ideia dos concertos acústicos?
Houve um contexto favorável: em 1998 fizemos um concerto no Coliseu, alguém gravou e foi parar à internet. Frequentemente recebíamos e-mails de todo o mundo a pedir um concerto mais atmosférico. Além disso, andei em digressão com os Amália Hoje e reparei que há bastantes salas que estavam vedadas ao nosso público. Assim pensámos neste formato, em que tentamos reproduzir de forma intimista o carácter mais épico e entusiasta da nossa música.
Como tem reagido o público?
As reacções têm sido mais que positivas. Em tempo de crise, é um espectáculo diferente, em que as pessoas vão esquecer tudo e viajar com os Moonspell. Creio que conseguimos cumprir o nosso propósito musical e as pessoas estão a reagir a isso.
Têm um coro feminino, quatro violoncelistas e um percussionista…
É o cumprir de um sonho extremamente selvagem de início de carreira. O coro Crystal Mountain Singers adiciona profundidade lírica à nossa música, enquanto os Opus Diabolicum são um projecto com matriz nos Apocalíptica, que fizeram versões de grandes bandas de heavy metal. São jovens treinados na música clássica, com uma imaginação e à vontade no palco que vale a pena ver. Em boa hora vieram ter connosco.
Tem vindo com frequência a Leiria. Que opinião tem do cenário cultural da cidade?
O trabalho que mais conheço é o do Carlos Matos e da equipa Fade In, um festival não só nacional, como internacional. Os concertos deles são uma referência, feitos com gosto e contexto – um enorme sucesso. Também conheço o Te-Ato, de João Lázaro, e o Sean Riley, que dá cartas na cena alternativa em Portugal. Leiria é uma cidade vibrante na música e na cultura de Portugal.
Como será o concerto em Leiria?
“Sombra” é um espectáculo que tenta manusear emoções presentes na sala e elas são sempre muito diferentes. Quem for as datas todas da tournée vai fi car sempre surpreendido. Todo o espectáculo
está concebido para ser uma surpresa.