Foram a única equipa da Associação de Futebol de Leiria a festejar a conquista de um título na última época. Melhor, dois troféus, e agora conquistaram o acesso à nova prova nacional de futsal.
A equipa sénior feminina de futsal da Casa do Benfica de Leiria sagrou-se campeã distrital e venceu a Taça em 2019/2020, competições que terminaram no início de março, dias antes do confinamento e da interrupção dos campeonatos.
As conquistas valeram o acesso à Taça Nacional, prova que dava acesso à I divisão, e que entretanto foi reformulada, com a criação da II divisão nacional.
Das 22 equipas a disputar a Taça Nacional e o apuramento ao novo escalão, as 12 melhores vão jogar a nova prova, com início previsto para os dias 5 e 6 de dezembro.
No sábado, a vitória por 3-4 frente ao CADE valeu à Casa do Benfica de Leiria o bilhete da subida ao nacional, a uma jornada do final da fase de apuramento.
Lúcia Correia, treinadora da Casa do Benfica, está satisfeita com a prestação da equipa e acredita que a manutenção na II divisão será possível, mesmo a viver no meio de uma pandemia.
“Mantivemos quase todo o plantel, que é competitivo e nos dá algumas garantias e equilíbrio, e temos alguns reforços. Com a paragem dos campeonatos tem sido difícil arranjar atletas de futsal. A formação está parada e muitas jogadoras estão a preferir o futebol”, diz.
A treinar desde setembro, a Casa do Benfica de Leiria vai ter agora duas semanas de folga – uma relativa à fase de apuramento, e outra pela eliminatória da Taça de Portugal, disputada apenas por equipas distritais – e aproveitar para afinar pormenores para o arranque do campeonato.
Com o que considera uma “diferença competitiva abismal” entre os distritais e a I Liga de futsal sénior feminino, a treinadora Ana Lúcia, ex-jogadora da CR Golpilheira, entende que a criação da II divisão vai permitir um maior equilíbrio entre as equipas.
“Há uma enorme falta de competitividade entre as equipas dos campeonatos distritais. Há equipas muito boas e há outras que, pelos diversos motivos, não conseguem ter o nível competitivo exigido para um campeonato distrital. Se, por ventura, sobem ao nacional, essa diferença competitiva é abismal. Daí que a criação da II divisão vai permitir fazer uma transição mais suave entre os diferentes escalões”, considera a técnica leiriense.