Como analisa a resposta da Igreja Católica a este tempo incerto marcado pela pandemia?
Penso que a Igreja, dentro das suas capacidades e possibilidades, está a responder muito bem. Temos acatado as normas da Direção-Geral da Saúde, ajudando a que todas as pessoas sigam com responsabilidade as orientações para a sua defesa e para a defesa dos outros e, também, com a criatividade necessária para poder responder naquilo que é possível ao nível celebrativo e da participação comunitária que exige uma adaptação muito grande. Temos hoje a vantagem dos meios digitais que nos ajudam a estar presentes, embora saibamos que não resolve tudo, porque a vida da Igreja assenta numa presença de comunidade que não está resolvida pela questão do digital. Há que favorecer o ambiente familiar, ou seja, que a família seja uma Igreja doméstica aonde haja formação e partilha, em que os pais, filhos e avós, como cristãos, reconheçam que tenham aí um espaço muito importante para poderem exprimir, viver e partilhar a sua fé.