Efluentes pecuários a “escorrer livremente para o solo”. Esta foi a situação detetada esta segunda-feira, dia 14, pela GNR de Leiria no decorrer de uma ação de patrulhamento.
O Comando Territorial da GNR de Leiria, através do Núcleo de Proteção Ambiental, detetou uma descarga ilegal de efluentes pecuários que “escorriam livremente para o solo diretamente de uma lagoa de armazenagem” deste tipo de resíduos.
O caso, anunciado hoje pela autoridade de segurança, foi identificado em Amieira, freguesia de Milagres, no concelho de Leiria, tendo sido possível encontrar o ponto de origem da descarga.
Num comunicado, a GNR avança que a descarga acontecia “sem qualquer tipo de mecanismo que assegurasse a depuração” dos resíduos.
Após algumas averiguações, “foi identificado o ponto de origem da descarga” e elaborado um auto de contraordenação por descarga de efluente pecuário diretamente para a linha de água.
A infração é punível numa coima com valor máximo de 144 mil euros.
Descarga ilegal detetada nas Caldas da Rainha
À semelhança do caso desta segunda-feira, em Leiria, também nas Caldas da Rainha, na localidade de Amiais, a GNR detetou uma situação idêntica nos dias 11 e 12 de dezembro.
O Comando Territorial da GNR de Leiria, através do Núcleo de Proteção Ambiental de Caldas da Rainha, localizou “uma descarga ilegal de um efluente pecuário proveniente de duas explorações suinícolas”, explica a autoridade de segurança em comunicado.
A descarga estava a ser efetuada para uma linha de água afluente do rio Arnoia, em Amiais, tendo sido possível identificar os dois pontos de origem.
Após uma denúncia, os militares da GNR “detetaram efluentes pecuários a escorrer livremente para o solo diretamente de uma lagoa de armazenagem” destes resíduos, “sem qualquer tipo de mecanismo que assegurasse a sua depuração”.
A GNR elaborou dois autos de contraordenação por descarga de efluente pecuário diretamente para a linha de água.
Notícia atualizada às 17h50 de 14 de dezembro de 2020 com informação sobre descarga ilegal nas Caldas da Rainha.
satbytheriver disse:
Obrigado jornalistas e GNR. Leiria vive inundada por dejectos de porco, a impunidade é generalizada. Vergonha nacion.
Alberto Pereira disse:
Senhores jornalistas: estejam em cima destes casos, não “larguem o osso”, não deixem que com artes e manhas esta gente continue a safar-se. A atenção da imprensa é a única arma que temos para que estes casos não se resolvam entre amiguismos. É importante saber se esta pocilga, como as outras noticiadas nos últimos meses não gozou de licenciamento “por interesse público municipal”