Pelo segundo ano consecutivo, a freguesia de Mira de Aire conquista o Orçamento Participativo (OP) de Porto de Mós. E pela segunda vez, são professores os autores das propostas que reúnem votos suficientes para garantir uma vitória folgada. Depois da proposta de João José Almeida, professor coordenador da Escola Secundária de Mira de Aire, para a realização de obras no ginásio da escola, ter vencido o ano passado, este ano foi a vez de Susana Reis garantir apoio para recuperar a talha dourada da antiga igreja matriz da vila.
Os 612 votos conseguidos pela proposta daquela docente do ensino superior, deixaram a uma larga distância a proposta de requalificação da Lagoa de Portela de Vale Espinho, segunda classificada, com 354 votos.
Os resultados foram conhecidos durante a cerimónia de inauguração das obras no pavilhão. Sonho antigo, o pavilhão era agora realidade, sublinhou João José Almeida, que não poupou elogios à mobilização da comunidade em torno do projeto. “Este pavilhão representa a união das pessoas de Porto de Mós”, referiu Inês Ramires, secretária de Estado da Educação, que se confessou comovida com o processo de participação democrática. Deixou sem comentário, todavia, os apelos de Jorge Vala, presidente da Câmara, no sentido de se realizarem obras de beneficiação na escola sede do agrupamento, em Porto de Mós. O autarca manifestou-se confiante que o diálogo com o Governo, nesta matéria, dará frutos.
Susana Reis, docente do ensino superior, foi a segunda professora a assegurar a vitória no OP. Autora da proposta que pretende a recuperação da talha dourada da antiga igreja matriz da vila, adiantou ao REGIÃO DE LEIRIA que a vitória é uma meia surpresa. Afinal, “nestas situações Mira de Aire mobiliza-se muito. Isto foi o trabalho de uma equipa que se empenhou”, frisou.