Ricardo Porém continua a progredir na classificação geral do Dakar. Hoje, na conclusão da terceira etapa, subiu cinco lugares na geral, ocupando agora a 33ª posição.
O leiriense demorou quase mais 40 minutos que o vencedor da jornada, Nasser Al-Attiyah, para concluir os 403 km da especial, com partida e chegada a Wadi Ad-Dawasir, dos quais 227 km de ligação. Foi o 28º carro a passar a meta.
A dupla leiriense, composta por Ricardo Porém e Jorge Monteiro, ao comando do Borgward, com o nº 334, sofreu, no entanto, uma penalização de seis minutos. Este tempo “extra” não influencia a contagem no dia de hoje mas pode ser importante para as restantes etapas, já que, como se diz na prova mais dura do mundo “por um segundo se ganha, por um segundo se perde”.
“Terceira etapa concluída! Hoje as coisas correram bastante melhor, mais enquadradas com os nossos objetivos para este Dakar Rally. Partimos muito atrás, o que nos obrigou a ultrapassar muitos Side-by-Side e Camiões, mas desde cedo conseguimos incutir um bom ritmo é acabámos por alcançar um resultado mais positivo”, explicou Ricardo Porém, no final da etapa.
Amanhã, a 4ª etapa leva o Dakar de Wadi Ad-Dawasir até Riyadh, com 476 de especial, 337 cronometrados.
“Uma cidade que traz boas recordações aos portugueses e onde, enquanto país, realizámos feitos históricos. Esta é uma especial de transição, onde será necessária muita pilotagem. Espera-nos, portanto, uma etapa interessante!”, acrescentou.
Ontem, Nuno Fojo teve vários percalços para concluir a etapa, no camião nº 521, da Polaris. “Começou por ser uma etapa bem longa com especial de 447 km com muitas dunas de areia, mesclados com platôs e pequenas montanhas rochosas”, conta o piloto marinhense.
O veículo quase que capotou e “com muito pouca pressão nos pneus traseiros perdemos a traseira do camião”. Mais à frente, ao “voar” numa duna, o camião embateu na areia e quase deitou por terra o sonho do Dakar. O incidente levou a equipa a perder mais de oito horas face ao primeiro e a “chegar de noite na última travessia de dunas”, o que “foi tenso pra caramba”, admite Nuno Fojo.
A prova dos camiões ainda está a decorrer neste momento e o marinhense ainda não chegou ao final da etapa.
(atualização às 13h50 do dia 5 de janeiro com as declarações de Ricardo Porém)